domingo, 31 de outubro de 2010

Segue o Seco

A boiada seca
Na enxurrada seca
A trovoada seca
Na enxada seca
Segue o seco sem secar que o caminho é seco
sem sacar que o espinho é seco
sem sacar que seco é o Ser Sol
Sem sacar que algum espinho seco secará
E a água que sacar será um tiro seco
E secará o seu destino seca
Ô chuva vem me dizer
Se posso ir lá em cima prá derramar você
Ó chuva preste atenção
Se o povo lá de cima vive na solidão
Se acabar não acostumando
Se acabar parado calado
Se acabar baixinho chorando
Se acabar meio abandonado
Pode ser lágrimas de São Pedro
Ou talvez um grande amor chorando
Pode ser o desabotado do céu
Pode ser coco derramado

terça-feira, 26 de outubro de 2010

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

E, se fosse...

"E, se fosse pra dizer uma última coisa, reproduziria Piaf e diria: AME. E demonstre isso. Você nunca vai se arrepender de externar aquilo que de mais bonito uma pessoa pode sentir. E, se fosse pra dizer mais uma, diria: ESCREVA. Compartilhe, pense, experimente traduzir em palavras. Faz bem. Nos abre a cabeça. Clareia".

Vítor V.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Marcia, que seja doce!

Que os mortos me ajudem a suportar o quase insuportável, já que de nada me valem os vivos.

ENCONTROS CONCRETOS - MOSTRA DE CENAS CURTAS - TRATADO SOBRE AS BELAS TRISTEZAS

NOS DIAS 15,16 E 17 DE OUTUBRO OS GRUPOS FORMADOS DURANTE A IMERSÃO EM PROCESSO COLABORATIVO APRESENTARÃO SUAS CENAS!

TRATADO SOBRE AS BELAS TRISTEZAS - MOSTRA DE CENAS CURTAS

Grupo: Provisório
Cena: Claustro

Direção: Adriana Lodi
Assistente de Direção: Pedro Caroca
Dramaturgia: Márcia Amaral
Cenografia/Figurino: Roberto Cardoso
Iluminação: Alexandra Martins
Sonoplastia: Alma Arriaga

Elenco:
Cristiano Hoppe Navarro
Du Oliveira
Marcia Regina
Nobu Kahi
Pedro Mesquita
Ricardo Souza
Yacine Guellati

Músicos Convidados:
Diego Santos
Michelle Nogueira

Sinopse: A violência que me acomete dia-a-dia é a de me manter acorrentado ao meu eu de ontem. Não consigo abandonar nada do que eu tenho. Minha voz e minha memória me enclausuram numa jaula escura e então sigo acorrentado a mim mesmo durante toda a vida.

Capacidade para 40 pessoas
Censura 16 anos

Grupo: Desconcerto
Cena: Aos ame ir

Direção: Pâmela Alves
Dramaturgia: Jullya Graciela
Cenário/Figurino: Diana Cunha
Iluminação: Pepito Assis
Sonoplastia: O grupo

Elenco:
Adair Oliveira
Ana Girassol
João Miguel Gonzaga
Julie Wetzel
Lane Moura
Thaidy Oliver

Sinopse: Até que ponto lembrar nos perturba? O amor de mãe é realmente igual? A morte pode transformar a vida de alguém?

Capacidade mais de 250 pessoas
Censura Livre

Grupo: CIA Teatro em Crise
Cena: Cubo(s) de Cristal

Direção: Andrea Costa
Dramaturgia: Milton César Pontes
Cenografia/Figurino: Anna Cristina Prado e Camila Gati
Iluminação: Carmem Sylvia Santiago e Luiz Sampaio
Sonoplastia: Hugo Carvalho

Elenco:
Glednna Fernanda
Ju Welasco
Karine Luiz
Karol Oliveira
Wesllen Masolliny

Sinopse: Cubo(s) de cristal é um espetáculo que trata das lembranças, da temporalidade da vida onde tudo se desfaz numa curva descendente. O que antes era límpido torna-se embaçado, o que era vigor em cansaço e solidão. Lia acaba de completar 80 anos e revisita as memórias que plantou durante a vida.

Capacidade mais de 250 pessoas
Censura Livre

domingo, 10 de outubro de 2010

Uso as palavras para compor meus silêncios

Que vontade de gritar. Saltar a voz que me resta. Vontade de dizer ao vento que me apaixonei por uma abelha. Vontade de menina que não sabe o que fazer. Ela me pegou feito bocejo. Volta e meia cruza meu caminho, meu pensamento. Finge não saber o meu nome. Ela sabe e finge não saber. Eu não sei e finjo não querer. Tenho medo e quero arriscar. Não tenho coragem de uma flecha. Tenho a lerdeza de uma tartaruga. Resta uma semana. Resta pouco tempo. Resta coragem...

domingo, 3 de outubro de 2010

Que passa?

Que é isso?
Que queima e coxa.
Que tá preso.
Que corrói por dentro.
Que é isso?
Que seca a garganta e suplica.
Que mata.
Que reverbera.
Que salta a espinha.
Que grita o silêncio.
Que não preenche o silêncio.
Que é isso?
Que é escondido.

Minha costas ardem. Meu peito coxa. Meu coração bate como um tambor. Meu juízo coxa...