quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Vou fazer algo quando quiser fazer algo. Vou experimentar.

O tédio é o problema do mundo. Cada um deveria buscar alternativas. Vai ler um livro, passear, encontrar um amigo, namorar (vou dizer que sim).

Que venha 2011 e suas novas. Eu tô com macaca, cheia de loucuras na cabeça. Desprendimento total.
DESAPEGO do corpo, da alma,  palavra foda que vai comigo pra esse ano novo de mudanças na casa. E que tudo mais vai pro inferno. Vou experimentar.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Palavras sem relações ou sim vão saber.
...
Tão pouco tive do seu beijo
é pecado pedir mais um pouco?
...
Vou dizer uma coisa. Não pedi pra nascer capricorniana. Que culpo tenho eu se nasci uma capricorniana. Tô de saco cheio de me dizerem quem sou por ser uma. Até pouco tempo nem sabia das características do meu signo. Admito que características capricornianas me pertençam. Porra. Sou capricorniana, mas não pedi pra ser. Isso não quer dizer que eu repudio a mim mesma por isso. Essa irritação toda não é sobre ser capricorniana é está de saco cheio de me dizerem quem sou só por causa do meu signo. Pô, me conhece primeiro.
...
Projeção é quando a vontade passeia num futuro inexistente no presente.
...
Eu sei falar
Eu sei escrever
Eu sei amar
Eu sei, sei que sei
...
Pequenas esperanças existem, de tão pequenas morrem.

"(...)Ah, eu só quero amor Seja como for o amor Seja bom, seja bom, Seja bom, seja amor "

Repetindo, repetindo, repetindo como num disco riscado.

Eu vou fazer um movimento... Eu vou fazer uma revolução... Eu vou pra longe, sei que vou.

Segue a Chuva

Lá fora a chuva cai.
Aqui dentro a casa segue o mesmo ritmo.
Gotas que desfaz uma não história...
Casa velha feita sobre outra remexida, corroída.
A parede chora, os baldes denunciam, não contem.
Durmo com goteiras na cabeça... pingam o meu sossego.
Empilho as memórias que não suportam tantas lágrimas de São Pedro.
Enquanto corpo é banhado escrevo, depois rasgo.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Enquanto espero, escrevo uns versos. Depois rasgo.

A Banda

“Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor

(...) A moça triste que vivia calada sorriu
A rosa triste que vivia fechada se abriu
E a meninada toda se assanhou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor”.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Ela costuma sorrir de noite, com um sorriso largo que chama. Ela me olha do alto, bem distante como promessa. Ela desaparece quando pega de surpresa.

Aceitar que o poder em mim existe, não falo o poder de soberania, mas o poder querer, ser, ter, possuir. Aceitar como uma urgência necessária.

Cru

Quero distancia do nada. Quero engoli-lo como menino, feito birra. Depois regurgitá-lo no asfalto duro na rua. Quem foi que disse que seria bom o sol de domingo? É de distanciamento que falo... de Brasília em mim... Eu, Brasília.  Concreta. Ás vezes assim tão distante... Um passo pra trás, porque será? Se meu cabelo perdeu a cor e a boca ressecou... Andam dizendo por ai que meu humor oscila. Nó na garganta, meu humor é inverno falso. Toda beleza se esconde lá longe, bem longe pra onde se espanta... Remexo o vazio... O que é isso? Liquidificador? Vomito? Deu merda. Pronto tá feito a bagunça. O que eu tenho feito não dá pra disfarçar. Não quero estar aqui. O que há de errado em ser tão errada assim? Outra merda.  Vou com a vergonha presa no rabo.

O que falta?


Sempre falta algo... Falta falar do amor aquele que é de verdade, que não tem explicação, que é eficaz no pequeno. Ás vezes no entregar-se ao outro sem querer nada em troca. É dizer: eu te ajudo com as palavras que fogem da sua boca, eu te empresto a minha enquanto a sua cisma querer engolir sapos.  Falta sentir o que é escrito com a alma, o que não é dito com palavras, mas com gestos. Falta à intenção que vem antes da palavra que estala um fogareiro no estomago.  Falta paciência, aquela que acalma quando o alarme da irritação queima olhos... Sempre faltara algo pra preencher nossos vazios. E no final nunca será o bastante porque a fila do querer aumenta a cada passar do tempo, a cada expectativa. 

Boi boi boi, boi da cara preta pega essa menina que tem medo de careta

- Tá com sono?
- Não.
- Nem eu.
- Quando se fica uma noite sem dormir os olhos ficam pretos?
- Acho que não. Podem ficar vermelhos ou profundos ao redor deles.
- Tô com sono.
- Como assim? Como você conseguiu chamar o sono?
- É assim: você fica muito tempo com os olhos abertos que o sono vem.
- Vou tentar...
- Conseguiu?
- Ainda não. E você?
- Não.
- Esse seu jeito de pegar no sono não está funcionando muito...
- Quando chove não sei por que os colchões ficam macios... Quando eu ia pra creche a tia botava todo mundo pra dormir juntos em vários colchões. Quando chovia a gente dormia a tarde toda, mas quando não chovia a gente brincava escondido na hora que tinha que dormir. Era só ela sair que a gente começava a brincar. Ela via aquela bagunça e brigava e botava a gente pra dormir de novo, mas era só ela sair começava tudo de novo. Quando eu brinco o sono vai embora... Eu acho que esse sono também não está com sono.
- Chama ele pra gente dormir.
- Sono cadê você?... Na escola a gente chama os lápis desaparecidos. Todo mundo fica posição de cachorrinho no chão procurando e chamando ele, assim: Lápis, a gente vai fechar os e você aparece, e ele aparece.
- Mas porque tem que ficar na posição de cachorrinho?
- Ué, porque tem que olhar debaixo das carteiras, mesas e nos dos pés dos coleguinhas. Tem que ser  posição de cachorrinho mesmo.
- Hum, entendi... A gente precisa dormir...
- Meus olhos estão ficando pretos... Dormiu?
- Não...
- Quando você dormir você me fala?
- Falo.
- Mas se eu e você dormir como a gente vai avisar uma pra outra que dormiu?
- Então, quem dormir por último vai saber a resposta.
- Mas e se a duas dormirem ao mesmo tempo?
- Ai, eu não sei. Então, só dorme...

De manhã quando eu acordei, ela tinha ido pra minha cama, estava abraçada nas minhas pernas. Dormiu comigo e nem vi quando ela mudou de cama. Eu devo ter pegado no sono primeiro.

Você tem medo de que?

Eu sempre tive medo de ficar velha, medo de cachorro, de solidão, do fracasso, de não amar ninguém de verdade, até de barata eu sempre tive medo, medo de doença, de errar, de ficar brocha, de morrer acordado, de decepcionar os outros, medo do tempo, do homem acabar, da incerteza, da miséria, das eleições, do meu pai, do cachorro da vizinha, de gente que ri demais, de todo mundo e de mim mesma.

Quando eu era criança eu queria...

Eu, queria brincar com meninos. Subir em árvores gigantes, a maior da rua, de preferência com frutas de cor vermelha. Eu queria que minha vida fosse um filme, desenho animado. Andar de bicicleta motorizada. Queria ter filhos com cara de Hamster, porco da Índia, que dormissem escondidos na minha barriga. Queria ser grande pra conhecer o mundo. Queria ser Carmem SanDiego. Sair viajando pelo mundo, pelo espaço, pelo tempo, fazer as coisas mais impossíveis. Queria que tivesse uma semana inteira de final de semana pra ficar o máximo de tempo fazendo nada. Queria um Jardim Secreto, uma família completa, um pai presente, mas acima de tudo eu queria um amor.

Coisa de menina na estação (mudança).

sábado, 25 de dezembro de 2010

Lara's Castle

                     

É pra agora


Tenho muita coisa a ser dita, mas tô com uma preguiça de 2010 que cisma colar na minha pele. Esse ano foi um ano tosco com pingos de alegrias. Fico feliz em ter conhecido pessoas que já moram num cantinho do meu coração, me sentir plena no teatro e fazer chorar por isso. Não vou falar em nada que me causou desconforto e histeria esse ano, pois daqui pra frente chega de peso e concreto no corpo, na minha alma. É hora, é hora de chutar o balde e deixar escorrer os meios demônios. E que seja bem doce, mas bem doce o novo caminho com muito chocolate no terreiro. Começo a sentir ipês mais amarelos. Tá perto, eu sei.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Pernambucobucolismo



Eu vou fazer
Um movimento, amor
Uma canção para inventar o nosso amor

Eu vou fazer
Uma revolução

Eu vou pra Londres, vou pra longe
Sei que vou
Onde luar
Não há igual aqui
Igual aqui não há
Outro lugar

Eu sinto bucolismo
Eu sinto bucolismo

Pernambucobucolismo
Pernambucobucolismo
Pernambucobucolismo

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

É hora! É hora!

"É hora! É hora!
É hora de ver o bom e o bem,
Já é tempo de aproveitar o que tenho,
Felicidade".

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Adriana Lodi revela o universo infantil em Chuva de Peixes




A apresentação do espetáculo Chuva de Peixes, no Espaço Cultural Renato Russo acontece até o dia 19 de dezembro, sempre às 20h. A peça tem como proposta brincar com o período da infância e revivê-la a partir das memórias imagéticas do universo infantil.

Experimentando uma composição cênica que resgata a criança de cada um, o espetáculo idealizado pelos interpretes criadores da oficina, e com a direção de Adriana Lodi, permite acessar lugares algumas vezes escondidos como do abandono, do pertencimento, e da autonomia intrínseca ao ser humano.

Com uma narrativa inspirada na referência do ser criança, a montagem leva ao espectador um universo de peixes que caem das nuvens, de sapos-pedras e de monstros. A apresentação é livre para todas as idades. Mais Informações: (61) 3443-1559.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Chuva de Peixe


Chuva de Peixe é o novo espetáculo da oficina Teatrando Montagem
Sem banalização, peça brinca com a pulsão da infância.

Mais um trabalho da oficina “Teatrando Montagem” entra em cena a partir do dia 15 de dezembro e é a peça “Chuva de Peixe” sob a direção de Adriana Lodi. A apresentação acontece no Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul), às 20h, e tem como proposta brincar com a pulsão da infância e revivê-la a partir das memórias imagéticas do universo infantil. O espetáculo fica em cartaz até o dia 19 do mês de dezembro.

Experimentando uma composição cênica que resgata a criança de cada um, a peça idealizada pelos interpretes criadores da oficina, permite acessar lugares algumas vezes escondidos como do abandono, do pertencimento, e da autonomia intrínseca ao ser humano. Com uma narrativa inspirada na referência do ser criança, o espetáculo, sem desprezo com aquilo que é infantil, leva ao espectador um universo de peixes que caem das nuvens, de sapos-pedras e de monstros. “Se alguem se sentir sozinho, basta conversar com os peixes que caem das chuvas”, revela uma das partes da peça que tambem buscou inspirações no poeta Manoel de Barros.

A oficina existe desde o primeiro semestre de 2001 e já gerou outros nove espetáculos, dentre eles, "De Carne Osso e Concreto", "Dormentes", "O Muro" e "Enquanto".

Espetáculo “Chuva de Peixes”
Direção: Adriana Lodi
Encenação e Dramaturgia: O grupo
Iluminação: Marcelo Augusto
Arte Gráfica: Baboo Matsusaki
Elenco: Danilo Soares, Du Oliveira, Fernanda Carvalho, Jessica Cardoso, Marcia Regina, Mária Ribeiro, Pedro Caroca

Serviço
Espetáculo “Chuva de Peixes”
Dias 15, 16, 17, 18 e 19 de dezembro sempre às 20h.
Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul)
Entrada franca.