quarta-feira, 29 de junho de 2011

Um Ensaio Repetitivo e Monótono





É difícil perceber o fim de um caminho, mas ao fazê-lo, resta apenas uma coisa: dar o primeiro passo em uma nova direção.

“Gosto de ver casulos de borboletas. Lagartas feias que adormeceram, esperando a mágica metamorfose. De fora olhamos e tudo parece imóvel e morto. Lá dentro, entretanto, longe dos olhos e invisível, a vida amadurece vagarosamente.
Chegará o momento em que ela será grande demais para o invólucro que a contém. E ele se romperá. Não lhe restará outra alternativa, e a borboleta voará livre, deixando sua antiga prisão...”
(Rubem Alves – Reverência pela Vida)

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QUANDO: 9 às 19h

10 e 16/07 às 20h30
------------------------------------ENTRADA FRANCA------------------------------

---------------------------------------Ficha Técnica

Direção: Tatiana Bevilacqua
Orientação: Adriana Lodi e Jesus Vivas
Elenco: Márcia Amaral, Marcia Regina e Roberto Cardoso
Dramaturgia: Márcia Amaral
Cenografia e Figurino: Roberto Cardoso
Assistente de Cenografia e Figurino: Amanda Cintra
Sonoplastia: Marcia Regina
Edição de Som e Trilha: Hugo Carvalho

Iluminação: O Grupo
Arte Gráfica: Roberto Cardoso
Produção: Jessica Cardoso

terça-feira, 28 de junho de 2011

voltei a chover. na rua. no concreto. no chão de cimento. nas super quadras. nos eixos. nas W3. vendo ipês. no ônibus de volta pra casa. na cama. dentro de mim. no banheiro. ao escovar os dentes amarelos. ao escutar músicas francesas. ao ouvir canções brasileiras. ao estudar. em não fazer nada. ao comer. ao escrever versos amorosos/ teatrais/dramáticos/psicóticos/pós-dramáticos contemporâneos. ao cantar fora do ritmo. ao desejar um alguém. ao sonhar acordada. em estar aqui. em cada ponto. em cada virgula. em cada palavra. em cada curva. em cada desvio. em cada desamor. em cada desencontro. em cada transverso. em cada silêncio.  em cada olhar. em tudo. voltei a chover. e isso é o que há. no momento.  em mim. 
Será que não chega, já estou me repetindo
Eu vivo mentindo pra mim
Outro sim, outra "trip", outro tchau
Outro caso banal, tão normal, tão chinfrim

52º COMETA CENAS



De 06 a 17 de Julho de 2011


Neste semestre a mostra conta com espetáculos teatrais, ensaios abertos, performances, exercícios, seminários, desfile de figurinos, exposição de maquetes e mostras de vídeo. As apresentações estão divididas entre as 05 salas do Prédio Complexo das Artes, o Teatro Helena Barcellos e Corredores Internos do departamento de Artes Cênicas da UnB, Área Externa do Prédio e Concha Acústica do IdA, Beijódromo (Memorial Darcy Ribeiro/UnB) e Teatro Caleidoscópio (Sudoeste/DF).

Confira a programação da mostra no blog 

Programação

Entrada Franca

Info:
(61) 8119.9443
(61) 8151.4948
(61) 9964.8724

Auto divulgação do espetáculo do meu grupo:

Espetáculo
UM ENSAIO REPETITIVO E MONÓTONO
Disciplina: Direção 1.
Orientação: Jesus Vivas.
Direção: Tatiana Bevilacqua.
Operação de Som: Jéssica Cardoso.
Elenco: Roberto Cardoso, Marcia Regina e Márcia Amaral.
Duração: 30min.
Classificação: 14 anos.
Local: BT-16 – 40 Pessoas.

Outra divulgação:

Exercício
DE ÁGUA E PÓ
Disciplina: Movimento e Linguagem 1.
Orientação: Jonas Salles.
Sinopse: Por meio dos dizeres do corpo, busca-se refletir quem somos. Vida e morte. Princípio e fim.
Elenco: Alunos da turma B da Disciplina Movimento e Linguagem 1.
Duração: 20min.
Classificação: Livre.
Local: BSS-51 – 40 Pessoas.



ontem de alguma forma, eu queria ser outra.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Espetáculo "Godô chegô, Gogô". Venham me assistir!


Venham conferir!!!

"Godô chegô, Gogô"
dias 11, 13 e 15 de julho
Local: Unb. Atrás da Concha Acústica do IdA
Horário: 17 horas
Entrada franca

Direção de Pedro Mesquita
Elenco: Kyll Nunes, Lorena Aloli, Márcia Amaral, Pedro Mesquita, Roberto Cardoso e Tatiana Bevilacqua
Músicos: Hugo Carvalho e Victorugo Docaos
Cenografia: Pedro Mesquita e Pepito
Iluminação: Pepito
Arte Gráfica: Roberto Cardoso

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Uns Versos


Sou sua noite, sou seu quarto. Se você quiser dormir. Eu me despeço. Eu em pedaços. Como um silêncio ao contrário. Enquanto espero. Escrevo uns versos. Depois rasgo. Sou seu fado, sou seu bardo. Se você quiser ouvir. O seu eunuco, o seu soprano. Um seu arauto. Eu sou o sol da sua noite em claro, um rádio. Eu sou pelo avesso sua pele. O seu casaco. Se você vai sair. O seu asfalto. Se você vai sair. Eu chovo. Sobre o seu cabelo pelo seu itinerário. Sou eu o seu paradeiro. Em uns versos que eu escrevo. Depois rasgo.

Coisa de mulher.

Marcha das Vadias Brasilia



Vamos invadir a praça da paz.

terça-feira, 21 de junho de 2011

GREEN GRASS

“Teatro como a vida, a vida como teatro ... não há diferença, só existe paixão”

"Fazer teatro de grupo... viver essa vida cheia de som e fúria... se deparar sempre com as mesmas dúvidas e incertezas... está sempre se desafiando e colocando em xeque tudo aquilo que parece sólido... fazer Arte já não é contrapartida suficiente? Até onde nosso folego aguenta? Se um mundo ensinou que temos que guerrilhar então peguem suas armas (seja ela qual for)."

a foto mais linda do mundo do menino mais lindo do mundo



por Roberto Cardoso

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Como é doce o gosto do querer o outro. É sereno ficar de interesse bobo tirando foto escondida com olhar. É bobo, eu sei, mas e daí... Até ficar de bobeira na aula é leve, olhando seu jeito de menino calado, barba rala. Me apaixono ainda mais...  
Eu gosto dos que são bobos e sem jeito, dos que gaguejam, dos esquisitos... 
De agora em diante, eu permito que os braços do amor me envolvam me acaricie... 
Por querer ainda mais, prometo me encher de coragem. Inventar uma conversa se for preciso só pra chamar sua atenção. Prometo não esperar sua vergonha acabar. Vou te chamar pra sair. Vai que dá certo. 

domingo, 19 de junho de 2011

Nada no mundo me deixa mais frustrada e mais inconsólavel do que não acertar. São horas me martirizando, reconstituindo a cena, refazendo o momento exato do não acerto e imaginando como a vida seria muito melhor e eu seria muito mais feliz se não tivesse errado.
Na verdade, só existe uma coisa pior do que errar: errar de novo. Errar múltiplas vezes. Errar pra cacete. E eu já errei pra cacete.Hoje, por exemplo, eu errei uma conjugação verbal. Três vezes. E eu me odeio por isso. Vezes três. Porque esse é meu ofício. Eu posso errar a conta do boteco - especialmente se eu estiver bêbada, o que geralmente acontece quando eu estou num boteco -, mas errar conjugação verbal é inaceitável.É por isso que eu nunca levantava a mão para responder as perguntas dos professores. E ficava indignada quando a Ana Catarina me ouvia balbuciar a resposta e repetia em voz alta, como se ela fosse muito inteligente. Maldita Ana Catarina.O dia em que eu levantei o braço e dei a resposta mais equivocada do mundo foi o dia em que eu decidi nunca mais arriscar. Estaria muda, mas nunca errada.A mesma lógica se aplica aos meus relacionamentos afetivos. Depois de vários fracassos retumbantes, decidi ser mais do que muda. Virei um imenso bloco de concreto que não erra, e também não quebra. O problema é que sempre haverá uma Ana Catarina ao lado, pronta para dar a resposta por você. E ela não terá medo de errar. Vai levantar o braço e berrar para a sala inteira ouvir. Malditas Anas Catarinas. Enquanto eu estiver frustrada e inconsolável, elas estarão equivocadas e infinitamente mais felizes.

ADORÁVEL PSICÓTICA

"Sabe, gente. É tanta coisa pra gente saber."

Preciso Aprender a Só Ser

Gilberto Gil

Composição : Gilberto Gil
Sabe, gente.
É tanta coisa pra gente saber.
O que cantar, como andar, onde ir.
O que dizer, o que calar, a quem querer.
Sabe, gente.
É tanta coisa que eu fico sem jeito.
Sou eu sozinho e esse nó no peito.
Já desfeito em lágrimas que eu luto pra esconder.
Sabe, gente.
Eu sei que no fundo o problema é só da gente.
E só do coração dizer não, quando a mente.
Tenta nos levar pra casa do sofrer.
E quando escutar um samba-canção.
Assim como: "Eu preciso aprender a ser só".
Reagir e ouvir o coração responder:
"Eu preciso aprender a só ser."

Na multidão



Na Multidão

Ana Cañas

a Arnaldo Antunes
Eu não sei por que que eu fui nascer
Por que que eu vim de lá pra cá
Eu só sei que, agora, eu vou ficar
Só pra desestabilizar
Eu cheguei querendo só mamar
Mas me tiraram pra dançar
Eu dancei
E depois que eu comecei
Não conseguia mais parar
Na multidão
na multidão
Veio o um querendo me comer
Veio o dois querendo me amar
Mas o três veio logo me dizer
Ponha-se no seu lugar
Respondi: Não vim pra responder
Eu vim aqui pra perguntar
Já fui eu, agora eu sou você
Equilibrar o habitat
Na multidão
Na multidão


Fotografia: Maria José Amorim @ olhares.com
...
A tua ausência é, em cada momento, a tua ausência. Não esqueço que os teus lábios existem longe de mim. Aqui há casas vazias. Há cidades desertas. Há lugares. Mas eu lembro que o tempo é outra coisa, e tenho tanta pena de perder um instante dos teus cabelos. Aqui não há palavras. Há a tua ausência. Há o medo sem os teus lábios, sem os teus cabelos. Fecho os olhos para te ver e para não chorar.
- José Luís Peixoto -

Minha amiga mais lindaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Kazuo Okubo














sexta-feira, 17 de junho de 2011

Hoje eu te vi com sua careca sobre sol. Parecia bem mais careca do que da ultima vez em que a vi.  Eu em uma direção oposto a sua. Você sobre o cimento. Eu no não fluxo do transito.  Ainda bem, deu pra te ver por longos segundos. Eu devia ter gritado seu nome pela janela, mas preferi o sossego. 

Um Ensaio Repetitivo e Monótono



Hora
sábado, 9 de julho · 19:00 - 22:00

Localização
UnB. IdA. Departamento de Artes Cênicas. Sala BT 16

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É difícil perceber o fim de um caminho, mas ao fazê-lo, resta apenas uma coisa: dar o primeiro passo em uma nova direção.

“Gosto de ver casulos de borboletas. Lagartas feias que adormeceram, esperando a mágica metamorfose. De fora olhamos e tudo parece imóvel e morto. Lá dentro, entretanto, longe dos olhos e invisível, a vida amadurece vagarosamente.
Chegará o momento em que ela será grande demais para o invólucro que a contém. E ele se romperá. Não lhe restará outra alternativa, e a borboleta voará livre, deixando sua antiga prisão...”
(Rubem Alves – Reverência pela Vida)

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QUANDO: 9 e 10/07 às 19 horas
16/07 às 20 horas

------------------------------------ENTRADA FRANCA-------

---------------------------------------Ficha Técnica----------

Direção: Tatiana Bevilacqua
Orientação: Adriana Lodi e Jesus Vivas
Elenco: Márcia Amaral, Marcia Regina e Roberto Cardoso
Dramaturgia: Márcia Amaral
Cenografia e Figurino: Roberto Cardoso
Assistente de Cenografia e Figurino: Amanda Cintra
Sonoplastia: Marcia Regina
Iluminação: O Grupo e Zizi Antunes
Arte Gráfica: Roberto Cardoso

Carta Manifesto da Marcha das Vadias de Brasília – Por que marchamos?



Em Brasília, marchamos porque apenas nos primeiros cinco meses desse ano, foram 283 casos registrados de mulheres estupradas, uma média de duas mulheres estupradas por dia, e sabemos que ainda há várias mulheres e meninas abusadas cujos casos desconhecemos; marchamos porque muitas de nós dependemos do precário sistema de transporte público do Distrito Federal, que nos obriga a andar longas distâncias sem qualquer segurança ou iluminação para proteger as várias mulheres que são violentadas ao longo desses caminhos.
No Brasil, marchamos porque aproximadamente 15 mil mulheres são estupradas por ano, e mesmo assim nossa sociedade acha graça quando um humorista faz piada sobre estupro, chegando ao cúmulo de dizer que homens que estupram mulheres feias não merecem cadeia, mas um abraço; marchamos porque nos colocam rebolativas e caladas como mero pano de fundo em programas de TV nas tardes de domingo e utilizam nossa imagem semi-nua para vender cerveja, vendendo a nós mesmas como mero objeto de prazer e consumo dos homens; marchamos porque vivemos em uma cultura patriarcal que aciona diversos dispositivos para reprimir a sexualidade da mulher, nos dividindo em “santas” e “putas”, e muitas mulheres que denunciam estupro são acusadas de terem procurado a violência pela forma como se comportam ou pela forma como estavam vestidas; marchamos porque a mesma sociedade que explora a publicização de nossos corpos voltada ao prazer masculino se escandaliza quando mostramos o seio em público para amamentar nossas filhas e filhos; marchamos porque durante séculos as mulheres negras escravizadas foram estupradas pelos senhores, porque hoje empregadas domésticas são estupradas pelos patrões e porque todas as mulheres, de todas as idades e classes sociais, sofreram ou sofrerão algum tipo de violência ao longo da vida, seja simbólica, psicológica, física ou sexual.
No mundo, marchamos porque desde muito novas somos ensinadas a sentir culpa e vergonha pela expressão de nossa sexualidade e a temer que homens invadam nossos corpos sem o nosso consentimento; marchamos porque muitas de nós somos responsabilizadas pela possibilidade de sermos estupradas, quando são os homens que deveriam ser ensinados a não estuprar; marchamos porque mulheres lésbicas de vários países sofrem o chamado “estupro corretivo” por parte de homens que se acham no direito de puni-las para corrigir o que consideram um desvio sexual; marchamos porque ontem um pai abusou sexualmente de uma filha, porque hoje um marido violentou a esposa e, nesse momento, várias mulheres e meninas estão tendo seus corpos invadidos por homens aos quais elas não deram permissão para fazê-lo, e todas choramos porque sentimos que não podemos fazer nada por nossas irmãs agredidas e mortas diariamente. Mas podemos.
Já fomos chamadas de vadias porque usamos roupas curtas, já fomos chamadas de vadias porque transamosantes do casamento, já fomos chamadas de vadias por simplesmente dizer “não” a um homem, já fomos chamadas de vadias porque levantamos o tom de voz em uma discussão, já fomos chamadas de vadias porque andamos sozinhas à noite e fomos estupradas, já fomos chamadas de vadias porque ficamos bêbadas e sofremos estupro enquanto estávamos inconscientes, por um ou vários homens ao mesmo tempo, já fomos chamadas de vadias quando torturadas e curradas durante a Ditadura Militar. Já fomos e somos diariamente chamadas de vadias apenas porque somos MULHERES.
Mas, hoje, marchamos para dizer que não aceitaremos palavras e ações utilizadas para nos agredir enquanto mulheres. Se, na nossa sociedade machista, algumas são consideradas vadias, TODAS NÓS SOMOS VADIAS. E somos todas santas, e somos todas fortes, e somos todas livres! Somos livres de rótulos, de estereótipos e de qualquer tentativa de opressão masculina à nossa vida, à nossa sexualidade e aos nossos corpos. Estar no comando de nossa vida sexual não significa que estamos nos abrindo para uma expectativa de violência, e por isso somos solidárias a todas as mulheres estupradas em qualquer circunstância, porque tiveram seus corpos invadidos, porque foram agredidas e humilhadas, tiveram sua dignidade destroçada e muitas vezes foram culpadas por isso. O direito a uma vida livre de violência é um dos direitos mais básicos de toda mulher, e é pela garantia desse direito fundamental que marchamos hoje e marcharemos até que todas sejamos livres.
Somos todas as mulheres do mundo! Mães, filhas, avós, putas, santas, vadias…todas merecemos respeito!


http://marchadasvadiasdf.wordpress.com/

terça-feira, 14 de junho de 2011

segunda-feira, 13 de junho de 2011

A Marcha das Vadias




A Marcha das Vadias será realizada em Brasília no dia 18 de junho. O evento é um protesto pelo direito das mulheres de se vestir, andar e agir de forma livre. Em protesto ao machismo que nos reduz ao um simples pedaço de carne suculenta. A concentração será às 12h, na praça em frente ao Conjunto Nacional. Sairemos em marcha às 13h. Passaremos pela Rodoviária, Feira da Torre e depois nos juntaremos a Marcha pela Liberdade. Nem Santas nem Vadias. Mulheres Livres! Vamos juntas fazer a marcha mais bonita!!! Ajudem a divulgar!
O Slut Walk foi criado após um representante da polícia do Canadá ter declarado que as mulheres deveriam evitar se vestir como vadias para não serem vítimas de estupro. As declarações causaram revoltas e geraram um grande movimento organizado na internet, que começou no início de abril com o protesto de Toronto e já aconteceu até agora em mais de 20 cidades norte-americanas e australianas. Dia 4 de junho aconteceram também em Los Angeles, Chicago, Edmonton, Estocolmo, Amsterdã, Edimburgo e a primeira do Brasil em São Paulo! Dia 11 em Recife, dia 18 em Belo Horizonte!

“Há tanta suavidade em nada dizer e tudo entender...”

“Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.

"Outro sinal de se estar em caminho certo é o de não ficar aflita por não entender; a atitude deve ser: não se perde por esperar, não se perde por não entender."

“Se você não consegue entender o meu silêncio de nada irá adiantar as palavras, pois é no silêncio das minhas palavras que estão todos os meus maiores sentimentos.”

“Como podemos nos entender (...), se nas palavras que digo coloco o sentido e o valor das coisas como se encontram dentro de mim; enquanto quem as escuta inevitavelmente as assume com o sentido e o valor que têm para si, do mundo que tem dentro de si?"



Cibelle La Sonja Khalecallon

Remember when you loved me.

domingo, 12 de junho de 2011

O amor do esqueleto de Munch.

O amor, não é pra ter sentido.
É essa coisa obscura necessária urgente.
Benéfica.
Maléfica.
Quando não se sabe, pode até ser amor.
Quando se sabe não é amor. É fim. Sei lá.
Mas tudo bem. Tudo bem. O amor é mesmo assim, segue seu tempo.  

sábado, 11 de junho de 2011

"Me escreva uma carta sem remetente
Só o necessário e se está contente
Tente lembrar quais eram os planos
Se nada mudou com o passar dos anos
E me pergunte o que será do nosso amor?
Descreva pra mim sua latitude
Que eu tento te achar no mapa-múndi
Ponha um pouco de delicadeza
No que escrever e onde quer que me esqueças
E me pergunte o que será do nosso amor?"

Quero Amor Sem Fim

Quero apenas cinco coisas... 
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos
Não quero ser sem que me olhes. 
Abro mão da primavera para que continues me olhando.

Pablo Neruda

tentei parar de pensar por um tempo, mas como ficar sem saber ao menos o que está torto para poder supor o certo? ainda continuo pensando. parada. estática.

"de vez em quando é difícil assumir; mas tudo bem, agora eu digo: tô na merda. beijo. não me liga. ou liga.. sei lá."

Um amor, por favor!

Algumas maneiras de se perder tempo.