quarta-feira, 30 de junho de 2010

Minha sede cansada

Que importa que em aparência eu continue nesse momento no dormitório, as outras moças mortas sobre as camas, o corpo imóvel? Que importa o que é realmente? Na verdade estou ajoelhada, nua como um animal, junto à cama, minha alma se desesperando como só o corpo de uma virgem pode se desesperar. A cama desaparece aos poucos, as paredes do aposento se afastam, tombam vencidas. E eu estou no mundo, solta e fina como uma corça na planície. Levanto-me suave como um sopro, ergo minha cabeça de flor e sonolenta, os pés leves, atravesso campos além da terra, do mundo, do tempo, de Deus. Mergulho e depois emerjo, como de nuvens, das terras ainda não possíveis, há ainda não possíveis. Daquelas que eu ainda não soube imaginar, mas que brotarão. Ando, deslizo, continuo, continuo... Sempre, sem parar, distraindo minha sede cansada de pousar num fim.

terça-feira, 29 de junho de 2010

És misericordioso?

"... a mulher é um burro teimoso, um verme terrível no coração do homem, filha da mentira, sentinela do inferno. A mulher é um homem infeliz. Um ser ocasional: somente o homem foi criado á imagem de Deus. A mulher é um homem ilegítimo e tem a natureza incorreta e defeituosa. O marido ama a mulher porque é sua esposa, mas a odeia porque é mulher. Não há nada tão-poderoso para aviltar o espírito de um homem como as caricias de uma mulher."
Senhor tende piedade
Senhor Deus dos exércitos
Tende piedade de nós
És misericordioso?
És misericordioso?

sexta-feira, 25 de junho de 2010

O Amor É Feio

O amor é feio
Tem cara de vício
Anda pela estrada
Não tem compromisso

O amor é isso
Tem cara de bicho
Por deixar meu bem
Jogado no lixo

O amor é sujo
Tem cheiro de mijo
Ele mete medo
Vou lhe tirar disso

O amor é lindo...

O amor é lindo
Faz o impossível
O amor é graça
Ele dá e passa

O amor é livre

domingo, 20 de junho de 2010

The times I cry, we come to blows.

Girassol - Alceu Valença

Mar e Sol
Gira, gira, gira
Gira, gira, gira, gira, girassol

Um girassol nos teus cabelos
Batom vermelho, girassol
Morena flor do desejo
Ah, teu cheiro em meu lençol!!!

Desço pra rua, sinto saudade
Gata selvagem, sou caçador
Morena flor do desejo
Ah, teu cheiro matador!!!

Mar e Sol
Gira, gira, gira
Gira, gira, gira, gira, girassol

Mar e Sol
Gira, gira, gira
Gira, gira, gira, gira, girassol

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Quando me aprisionam...

Quando me aprisionam sinto um sufocamento da nuca até os calcanhares. A visão é escura, não vejo se quer uma luz de refúgio e proteção. A dificuldade, o medo e a impotência é tão grande que há momentos em breves segundos que penso desistir de ser, penso no salto pela janela. E quando só penso no fim da minha existência busco a última força o último fôlego pra me desvencilhar dos carnívoros. É um ir ao inferno e ver todo o caos e dor que existe e de repente voltar, nascer de novo para uma outra morte... É ir e vir e nunca permanecer. É estado de passagem. Um tempo passageiro. Um se entregar, outro se perder até que apareça uma outra porta que te leve pra outros caminhos, outros ciclos.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

OFICINA TEATRANDO MONTAGEM/SELEÇÃO-JUNHO 2010

As inscrições serão realizadas na Secretaria de cursos do Espaço Cultural da 508Sul, nos dias 17, 18 e 21/06/2010. Informações/Atendimento ao público das 9h às 12h e das 13h às 17h. Telefone: (61) 3244 - 0411.

SELEÇÃO
Nos dias: 22, 24 e 25 de junho de 2010, às 3ª, 5ª e 6ª feira, das 9h às 13h.

Observação: Comparecer com roupa confortável para realização de atividade física.

O grupo Teatrando Montagem é fruto da oficina de interpretação ministrada pela professora Adriana Lodi que tem por objetivo despertar o gosto e o interesse do aluno pelo fazer artístico, utilizando as artes cênicas como veículo de fomentação da sensibilidade e da capacidade criadora. “O trabalho é realizado gratuitamente desde o segundo semestre de 2001 e já montou vários espetáculos como “Do Amor”, “Seis personagens a procura de autor”, “Revolução na América do Sul” “O Muro”, “Dormentes”, Enquanto”.
Para a professora Adriana Lodi, existem dois principais desafios durante a oficina: “O primeiro é o entendimento do que é o universo do teatro. Raros são os alunos com alguma formação cênica ou vivência teatral mais intensa. O segundo é fazê-los acreditar no processo de criação. Exercitar esse ponto de vista em relação à autonomia criadora é um dos maiores desafios”.
Os alunos que encaram do começo ao fim a oficina Teatrando Montagem chegam a segunda etapa do curso com um desafio pela frente: produzir um espetáculo teatral. “Eles dividem as tarefas, desde, por exemplo, a construção dos cenários, a escolha do figurino até as filipetas para a divulgação”, explica a atriz Adriana Lodi, professora idealizadora do Teatrando. Objetivo do projeto é justamente fazer com que os alunos experimentem todas as etapas da produção de uma montagem, ou seja, coloquem teoria e prática para caminharem lado a lado.

OFICINA TEATRANDO MONTAGEM
Professora: ADRIANA LODI
Local: SALA MULTIUSO
Inicio das aulas: De 03/08 a 19/12/2010, às 3ª, 5ª e 6ª feira
Horário: Das 8h às 13h,
Público-Alvo: A partir dos 14 anos

terça-feira, 15 de junho de 2010

O desespero ante o absurdo da existência

Não sou nada e vou morrer um nada. Porque já me foi lançada essa sentença de vida –minha sorte será, em qualquer caso, a morte, “e á morte todas as criaturas estão condenadas.” No fundo, sou impotente. Mas no fundo ainda, sou fraca... Hoje, pensei no salto pela janela... e antes de ter coragem fui fraca. A falta de coragem me salvou.
@DieuLeVeut: Eu tenho mais de 20 anos, e eu tenho mais de 1000 perguntas sem respostas.
@omtouche: Tempo vai te ajudar a resolver problemas, mas não vai responder nosso eterno "por que?".

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Se não leio morro

Quanto mais leio percebo que sou burra. Que terá mais coisas pra se saber que não terei tempo pra descobrir. Nem se eu devorasse um livro por dia chegaria perto de um conhecimento tão grande. É ai que me torno burra por saber que quanto mais leio descubro o quanto meu campo de visão é restrito e precisaria de uma vida eterna pra ler todos os livros do mundo. E não é pra ser a pessoa mais inteligente é só pra conhecer o mundo... Estou lendo sobre o existencialismo. Achei esse trecho inquietante:
“O homem deve criar a sua própria essência; é jogando-se no mundo, lutando, que aos poucos se define... a angústia, longe de oferecer obstáculo à ação, é a própria condição dela... O homem só pode agir se compreender que conta exclusivamente consigo mesmo, que está sozinho e abandonado no mundo, no meio de responsabilidades infinitas, sem auxílio nem socorro, sem outro objetivo além do que der a si próprio,sem outro destino além de forjar para si mesmo aqui na terra.”- Sartre
Nem vou falar nada. Peço licença. Vou continuar lendo e aprendendo enquanto ainda tenho vida pra isso.

A METAMORFOSE por Luis Fernando Verissimo

A barata acordou um dia e viu que tinha se transformado num ser humano. Começou a mexer suas patas e descobriu que só tinha quatro, que eram grandes e pesadas e de articulação difícil. Acionou suas antenas e não tinha mais antenas. Quis emitir um pequeno som de surpresa e, sem querer, deu um grunhido. As outras baratas fugiram aterrorizadas para trás do móvel. Ela quis segui-las, mas não coube atrás do móvel. O seu primeiro pensamento humano foi: que horror! Preciso me livrar dessas baratas!
Pensar, para a ex-barata, era uma novidade. Antigamente ela seguia o seu instinto. Agora precisava racionar. Fez uma espécie de manto da cortina da sala para cobrir sua nudez. Saiu pela casa, caminhando junto à parede, porque os hábitos morrem devagar. Encontrou um quarto, um armário, roupas de baixo, um vestido. Olhou-se no espelho e achou-se bonita. Para um ex-barata. Maquilou-se. Todas as baratas são iguais, mas uma mulher precisa realçar a sua personalidade. Adotou um nome: Vandirene. Mais tarde descobriu que só um nome não bastava. A que classe pertencia? Tinha educação? Referência ? Conseguiu, a muito custo um emprego como faxineira.
Sua experiência de barata lhe dava acesso à sujeiras mal suspeitadas, era uma boa faxineira.
Difícil era ser gente. As baratas comem o que encontram pela frente. Vandirene precisava comprar sua comida e o dinheiro não chegava. As baratas se acasalam num roçar de antenas, mas os seres humanos não. Se conhecem, namoram, brigam, fazem as pazes, resolvem se casar, hesitam. Será que o dinheiro vai dar? Conseguir casa, móveis, eletrodomésticos, roupa de cama, mesa e banho. A primeira noite. Vandirene e seu torneiro mecânico. Difícil. Você não sabe nada, bem? Como dizer que a virgindade é desconhecida entre as baratas? As preliminares, o nervosismo. Foi bom? Eu sei que não foi. Você não me ama. Se eu fosse alguém você me amaria. Vocês falam demais, disse Vandirene. Queria dizer vocês, os humanos, mas o marido não entendeu; pensou que era vocês os homens. Vandirene apanhou. O marido a ameaçou de morte. Vandirene não entendeu. O conceito de morte não existe entre as baratas. Vandirene não acreditou. Como é que alguém pode viver sabendo que ia morrer?
Vandirene teve filhos. Lutou muito. Filas do INPS. Creches. Pouco leite. O marido desempregado. Finalmente, acertou na esportiva. Quase quatro milhões. Entre as baratas, ter ou não ter quatro milhões não faria diferença. A barata continuaria a ter o mesmo aspecto e a andar com o mesmo grupo. Mas Vandirene mudou. Empregou o dinheiro. Trocou de bairro. Comprou casa. Passou a se vestir bem, a comer e dar de comer de tudo, a cuidar onde colocava o pronome. Subiu de classe. (Entre as baratas, não existe o conceito de classe). Contratou babás e entrou na PUC. Começou a ler tudo o que podia. Sua maior preocupação era a morte. Ela ia morrer. Os filhos iam morrer. O marido ia morrer – não que ele fizesse falta. O mundo inteiro, um dia, ia desaparecer. O sol. O Universo. Tudo. Se espaço é o que existe entre a matéria, o que é que fica quando não há mais matéria? Como se chama a ausência do vazio? E o que será de mim quando não houver mais nem o nada? A angústia é desconhecida entre as baratas.
Vandirene acordou um dia e viu que tinha se transformado de novo numa barata. Seu penúltimo pensamento humano foi, meu Deus, a casa foi dedetizada há dois dias! Seu último pensamento humano foi para o seu dinheiro rendendo na financeira e o que o safado do marido, seu herdeiro legal, faria com tudo. Depois desceu pelo pé da cama e correu para trás de um móvel. Não pensava mais em nada. Era puro instinto. Morreu em cinco minutos, mas foram os cinco minutos mais felizes da sua vida. Kafka não significa nada para as baratas.

Luis Fernando Verissimo
In: O Gigolô das Palavras
L&PM Editores
p. 51-53

l need to be...


Programação da VII Feira de Agricultura Familiar (FENAFRA)

O melhor da produção da agricultura familiar de todo o país, cultura, música, artesanato, gastronomia, orgânicos e moda. Brasília terá tudo isso, de 16 a 20 de junho, em uma área de 30 mil metros quadrados montada na Concha Acústica do Lago Paranoá para receber VII Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária: Brasil Rural Contemporâneo.
O evento reúne 650 empreendimentos familiares e mais de 550 toneladas de produtos de todas as regiões do País, além de uma extensa programação cultural que une o contemporâneo e a cultura de raiz.

Programação:

Dia 16/06
15h “O Romance do Vaqueiro Benedito” - Grupo de Teatro Mamulengo Presepada
16h Boi Bumba de Maracanã – MA
19h Carroça de Mamulengos convida Cia os Buritis
17h30 Descascadeiras de Madioca – PB
19h Bule Bule – BA convida Repentistas da Casa do Cantador – DF
20h Bahiana System – BA
20h30 Paulinho da Viola convida Monarco – RJ
DJ Tudo – SP


Dia 17/06
15h Zambiapunga – BA
15h “Mateus da Lelé Bicuda” - Grupo de Teatro Mamulengo Presepada
16h Boi Bumba de Maracanã – MA
17h30 Coco Raizes de Arco Verde – PE
19h Bule Bule e as Sambadeiras do Recôncavo – BA
19h Carroça de Mamulengos convida Mambembrincantes
20h Cidadão Instigado – CE convida Mestre Vieira das Guitarradas – PA
21h30 OTTO – PE convida Lirinha (Cordel Do Fogo Encantado) – PE
BoTECOEletro – RJ

Dia 18/06
15h “Exemplos de Bastião” - Grupo Mamulengo Sem Fronteiras
16h Zambiapunga – BA
17h30 Pio e Mestre Vieira – PA
19h Carroça de Mamulengos Historias de Teatro e Circo
19h Babilak Bah – MG
20h Teatro Mágico – SP convida Silvério Pessoa – PE
21h30 Lenine – PE
Jam da Silva – PE

Dia 19/06
11h "As Aventuras de Dom Xicote e Mula Manca" - Grupo Roupa de Ensaio
14h Maracatu Estrela de Ouro – PE
15h Cacai Nunes
16h Quentes da Madrugada – Carimbó – PA
16h Carroça de Mamulengos Histórias de Teatro e Circo
17h30 Claudio Rabeca convida Siba – PE
19h Gilberto Monteiro – RS
20h Cabruera – PB convida Totonho – PB
21h30 Frank Jorge , Wander Wildner e Julio Reny – RS convidam Gilberto Monteiro – RS
23h Alceu Valença – PE
DJ MAM – RJ

Dia 20/06/2010
10h Zabé da Loca – PB
11h “Marajá, Contador de Histórias” do Grupo Os Buriti
12h Maracatu Estrela de Ouro – PE
14h Patubate
14h Carroça de Mamulengos convida a Cia Artetute
18h Armandinho , Dodo e Osmar – BA
DJ MAM – RJ

O evento será gratuito.
Mais informações: http://www.mda.gov.br/feira2010/

quarta-feira, 9 de junho de 2010

terça-feira, 8 de junho de 2010

"This is a story of boy meets girl. But you should know up front, this is not a love story."

He never ever saw it coming at all
He never ever saw it coming at all
He never ever saw it coming at all
It's alright...

No one's got it all
No one's got it all
No one's got it all

Costumes & Você

Costumes

Eu pensei
que pudesse enganar
a mim mesmo dizendo
que essas coisas da vida em comum
não ficavam marcadas

Não pensei
que me fizessem falta
umas poucas palavras
dessas coisas simples
que dizemos antes de dormir

De manhã
o bom dia na cama
a conversa informal
o beijo depois o café
o cigarro e o jornal

Os costumes me falam de coisas
de fatos antigos
não me esqueço das tardes alegres
com nossos amigos

Um final de programa
fim de madrugada
o aconchego na cama
a luz apagada
essas coisas
só mesmo com o tempo
se pode esquecer

E então eu me vejo sozinho como estou agora
e respiro toda a liberdade
que alguém pode ter

De repente ser livre
até me assusta
me aceitar sem você
certas vezes me custa
como posso esquecer dos costumes
se nem mesmo esqueci de você!!!


Você

Você, que tanto tempo faz,
Você que eu não conheço mais
Você, que um dia eu amei demais
Você, que ontem me sufocou
De amor e de felicidade
Hoje me sufoca de saudade
Você, que já não diz pra mim
As coisas que eu preciso ouvir
Você, que até hoje eu não esqueci
Você que, eu tento me enganar
Dizendo que tudo passou
Na realidade, aqui em mim
Você ficou
Você que eu não encontro mais
Os beijos que já não lhe dou
Fui tanto pra você
E hoje nada sou

Pra alimentar minha personagem (teatro).

É preciso saber viver

Mais um dia pra aceitar que sou feita de erros. Encará-los é sempre um desafio uma automutilação. Bem que ela disse: em vez de se lastimar tanto pelos erros faça deles uma escada para crescer. Parar de sofrer. Simples assim.
Mais um dia pra aceitar que minha autodefesa ás vezes me atrapalha. Bem que ela disse: quando digo pra você fazer uma coisa você vai lá e faz o contrario e tenho certeza se eu disser o oposto você me dá o que eu quero. - Temos que sanar sua autodefesa.
Mais um dia pra aprender que tenho que me exercitar: ler auto, praticar, botar a cabeça pra funcionar. E saldo final de hoje foi ouvir da sua boca: você não é fria... E ai, mais uma vez tomo consciência que tenho que parar de ver coisas aonde não existem nada e que na verdade você acredita que eu posso ir bem mais longe do que já cheguei.
Como eu posso dizer: obrigada por causar em minha uma inquietação. Como diz minha irmãzinha: te amo do fundo do meu coração.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

"A realidade, meu caro, não é medieval. A realidade é gótica".

Um pensamento me calou:

"é mais cruel se separar de quem está vivo do que de quem morre. Separar-se de alguém que você ama em vida dilacera mais". A morte, por mais fatídica que seja, é ciclo, é continuidade. A separação de amor/amizade é falência da capacidade de tolerar, compreender, entender, respeitar.
"Passei a semana inteira me sentido absolutamente impotente. Tudo porque não consigo colocar na cabeça de que às vezes não há nada que se possa fazer e que não preciso necessariamente sempre dizer alguma coisa."

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Em descompasso

Entardecer de sexta-feira, dia 4 de junho.
Preciso confessar que tenho medo de não saber o que estou fazendo da minha vida. Pode parecer, mas não é. Faço tudo com cara de nada. Finjo pra mim mesma quando na verdade não tenho coragem de admitir minha incapacidade de não saber fazer. Como explicar? A insegurança trancou minha coragem num quarto escuro...
Há dias que ando com olhos cansados á beira de desistir. E eu me pergunto todos os dias pra quê essa inquietação. E essa tristeza enraizada na minha pele, pra quê? É tão triste ser assim. Digo pra mim mesma: - tenho pena de você sua falta de coragem me embrulha o estômago. Isso é mais triste ainda ter consciência, mas não ter forças pra se libertar...
Andei pensando sobre mim e cheguei a um ponto de vista. Sou feita de canções calmas, melancólicas (essa que estou escutando agora) e na medida exata entre a tristeza fingida e a de um real coração partido...
Essa sexta já tá condenada à forca...

Diz Sartre em "A Nausea"

-, eu me sinto triste; mas tomar consciência de meu desgosto é colocá-lo como um objeto a distancia de mim. Pois o eu que diz 'estou triste' não é mais, de modo algum, o eu que está triste. Assim o homem está por sua consciência, sempre além de si mesmo. Eis o sentido do 'ex-istencialismo'."

"Bonjour Tristesse"

É isso ai.

"Vocês riem de mim por eu ser diferente, eu rio de vocês por serem todos iguais"


Bob Marley

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Alegria nos ouvidos, mente, corpo...


"Tem que relaxar Marcinha"

- deixar de ver coisas onde na realidade não tem nada.


pra viver melhor.

Quem vai?

Hoje peguei a agenda cultural e eventos no DF e fiquei puta com o descaso com Planaltina (não disse?). Lá tava escrito: 3 quinta - TEATRO/DANÇA 17H, O Filhote do Filhote de Elefante, de AryPárarrarios, baseado em Bertolt Brecht, com o grupo Esquadrão da Vida, direção de Maíra Oliveira, turnê pelo DF; dia 6, na 316 Sul; dia 13, na 411 Norte e dia 17, Feira do Varjão, “além de outras quadras do Plano Piloto e cidades-satélites.” Só que eles não citaram Planaltina que era a cidade em questão para apresentação. Pode isso? Planaltina é só cidade-satélite? Ai, cada um tira suas conclusões. Mas tem coisas boas nessa agenda cultural que quero muito assistir como: Concerto a Céu Aberto para Solos de Aves (teatro), inspirada na obra homônima de Manoel de Barros, apresentação no bosque do instituto de artes na UnB. Gostei do titulo do espetáculo e ouvi alguns comentários bons outras não, mas vou. No happy ending (teatro) é outro que quero ver, inspirado no mito de Medéia (ai, mulher...) e apresentação no Teatro Plínio Marcos Complexo Cultural Funarte. Andei lendo umas coisas sobre o espetáculo e parece ser uma montagem contemporânea do Mito de Medéia. Acho que vale a pena, não custa ir. Teatro MIT 2010 (teatro) de volta com quatro espetáculos que pretendo ver (4 a 26 de junho no CCBB). São eles: A Tempestade, Cia do Chapitô (Portugal), baseado na obra de William Shakespeare. Dizem que montagem de Shakespeare é sempre difícil fazer, mas vou me permitir conhecer, La Gigantea, Cia Les Trois Clés (França), um conto fantástico sem palavras, Guerra de Pippo Delbono (Itália), livremente inspirado em A Odisséia de Homero e Dies Irae, Cia Marta Carrasco (Espanha), baseado no Réquiem de Mozart. Húmus (teatro) acho que vou ver. No cinema me chamou atenção pelo titulo Faça me feliz, não sei nada desse filme. Coco Chanel & Igor Stravinsky (drama) parece ser muito bom (eu acho). E para ajudar meu amigo com a divulgação do espetáculo que ele está produzindo aqui vai à dica: Antônio, da tua tão necessária poesia (gostei do titulo). E super frustrada porque não vou ao show da cantora de jazz Madeleine Peyroux com o lançamento do seu novo álbum Bare Bones porque o ingresso tá custando de R$ 240 a 129 (merda). Pela semana de Espanhol quero muito assistir o filme La Ninã de Tu Ojos. Vi um trailer do filme e gostei do que vi. Outro filme que parece ser bom (não sei por que) é: Como Eu Festejei o Fim do Mundo (drama). Amores Brutos drama com Gael García (um ator muito bom) vale à pena assistir. Nem sei se vou conseguir ver todos, mas vou tentar ir no máximo que eu puder.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Que bom chegou Esquadrão

Aí embaixo, o cronograma de apresentacões de “O Filhote do Filhote de Elefante” em junho de 2010:

Dia Local

3 Quinta-Feira Planaltina

6 Domingo SQS 316

13 Domingo SQN 411

17 Quinta-Feira Varjão

20 Domingo COPA DO MUNDO

27 Domingo SQN 306

É isso aí, gente! Ficou decidido que não haverá apresentações nos dias da Copa que tiverem jogo do Brasil. Competição desleal, né? Portanto, dia 20 de junho, não haverá apresentação do Esquadrão da Vida. Mesmo assim, continuará  apresentancões em outros dias.
Apareçam!

A primeira pedra

Uma palavra sua caiu no chão apodrecendo meu querer você. Bem afiada e certeira alfinetou com gosto. Cai no chão como folha seca. Madeira morta... Duas palavras, três, quatro reverberam na minha cabeça. Amor e ódio andam no mesmo barco? Esse barco vai furar? Não sei e a cada dia que passa já não tenho mais esperança... O tempo da morte é mais presente com sua falta. Ai, eu te pergunto: me diz o que você quer? Você tem cede de quê? O que você quer de mim?... Por que meu desejo está morrendo todo final de tarde.
passagiletenocu. prontofalei!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Preciso Me Encontrar

Esquadrão da Vida em Planaltina

Fiquei extremamente feliz com a presença confirmada do Esquadrão da Vida em Planaltina. Mais que merecido o Esquadrão aqui. Planaltina cidade histórica e esquecida. É com pesar que digo isso. Poço estar sendo pejorativa, mas é assim que vejo as coisas. 150 anos de história, pra quê hein? Berço dos candangos, do João dos andaimes que ás custas de sangue e suor construiu uma Brasília concreta. Eai, isso diz algo? Uma cidade cheia de cultura e história, mas é esquecida pelos governantes. Dêem valor o que é de valor! Por que: 150 de vida, berço dos pioneiros, Morro da capelinha (um dos maiores teatros a céu aberto do mundo), cultura popular, festa do divino, e por ai vai. Poderia falar outros motivos, mas quem conhece e valoriza Planaltina sabe do que tou falando. E que O Esquadrão curta nossa cidade histórica!

O FILHOTE DO FILHOTE DE ELEFANTE
Uma brincadeira do Esquadrão da Vida adaptação livre de Ary Pára-Raios e do Esquadrão da Vida para o texto O Filhote de Elefante, de Bertold Brecht.
Direção: Maíra Oliveira
Com os atores-músicos-acrobatas: Caísa Tibúrcio, Gabriel Preusse, Joana Vieira, Maíra Oliveira, Rosana Loren e Vinícius Santana.
DIA 03 DE JUNHO, QUINTA – PLANALTINA (PRAÇA DA IGREJINHA)
DIA 06 DE JUNHO, DOMINGO – SQS 316
SEMPRE ÀS 17H
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA LIVRE
ENTRADA FRANCA
CONTATO: (61) 8409-4694 / 8127-8667 / 3347-5941
esquadraodavida@gmail.com