terça-feira, 31 de janeiro de 2012
domingo, 29 de janeiro de 2012
pra virar música
se
me calo pode até pensar
mas
não é isso não
um
dia eu conto
desconto
depois do almoço
digo
que NÃO
fico
de bobeira
me
apaixono
que
coisa louca
tô
amando meus peitos
eu
to quietinha
no
carnaval, no balancê da rede
um
pouquinho de calma
sem
pressa na retina
na
intacta retina
no
pensamento
um
dia eu te conto neguinho
na
beira do mar
desenrolo
meu mistério
me
mostro todinha, que nada!
me
mostro só um pouquinho
um
tiquinho pro’cê
me
namorar na rede quentinha
depois
ir pra cama
ficar
de lero-lero
Rosas danst Rosas
nas últimas aulas da professora Lina ela vem passando vídeos de dança pra gente ver e comentar. "rosas danst rosas" foi um que fiquei de boca aberto quando vi. o trabalho da coreógrafa belga Anne Teresa é tão precioso. vale a pena conhecer mais da obra dela.
sábado, 28 de janeiro de 2012
VERMELHO AMARGO
"Foi preciso deixar o vermelho sobre o papel branco para bem aliviar seu amargor."
ps: o fundo aqui deveria ser vermelho, então use sua imaginação, meu bem!
Vermelho amargo de Bartolomeu Campos de Queirós - págs 11 e 12. Na casa da Marcinha tomando suco de uva numa taça de vinho vermelho.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
te aceito com seus
defeitos
te aceito com seu
homem
te aceito com seu
passado
te aceito com qualquer presente
te aceito com seu
silêncio
te aceito com sua
dor
te aceito com sua
angustia
te aceito com sua
ansiedade excessiva
te aceito com sua tristeza
te aceito com
alegria
te aceito com o corpo
te aceito com a boca
te aceito com a alma
te aceito sem nada
te aceito com suas
roupas
te aceito com seu
cheiro mestiço
te aceito com toda
gritaria que um corpo pesado pode ter
te aceito com seus
filhos
te aceito mulher
te aceito mãe
te aceito como filha
mas não aceito sua
desistência de si mesmo.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
conversa de parachoque
Graça Rústica: É um extenso e intrincado processo até que se descubra que era tudo muito mais simples do que parecia.
acabou
Journal de Bagatelle: é bem mais simples
do que se parece
no final de tudo
ou não.
do que se parece
no final de tudo
ou não.
Graça Rústica: só chegando lá pra ver
mas daí, também, acabou
domingo, 22 de janeiro de 2012
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
algumas coisas
não dependem
exclusivamente
de nossa
autonomia.
não dependem
exclusivamente
de nossa
autonomia.
domingo, 15 de janeiro de 2012
numa brincadeira entre amigos, a base de vinhos e conversas irônicas, cada um escolhia um tema e os outros diziam algo sobre você referente a esse tema. o meu escolhido foi uma escritora ou escritor. eis aqui o que surgiu sobre a minha personalidade:
Anaïs Nin
Hilda Hilst
Clarice Lispector
Marilena Chauí
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Brasília, um ótimo lugar pra sentir saudade sabe-se lá o quê.
ela não tem jeito
samba saudade
colhe tristezas
e volta pro começo
e diz que vai mudar
auto-sabotagem.
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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
cambalhota
subst f cambalhota [kɐbɐ'ʎɔtɐ]
1 Reviravolta do
Corpo
cambalhotas dar
2 alterações da Vida
A Vida Dá muitas
cambalhotas.
kate nash me deu o primeiro "béns" do dia.
HAPPY BIRTHDAY!!!
Hope you have a fantastic day - now go and put some music on to help you celebrate.
garota esperta, ela sabe que música me faz muito bem!
|
roubado do quintana e da camila de óculos.
Que esta minha paz e este meu amado silêncio
Não iludam a ninguém
Não é a paz de uma cidade bombardeada e deserta
Nem tampouco a paz compulsória dos cemitérios
Acho-me relativamente feliz
Porque nada de exterior me acontece...
Mas,
Em mim, na minha alma,
Pressinto que vou ter um terremoto!
Quintana
Não iludam a ninguém
Não é a paz de uma cidade bombardeada e deserta
Nem tampouco a paz compulsória dos cemitérios
Acho-me relativamente feliz
Porque nada de exterior me acontece...
Mas,
Em mim, na minha alma,
Pressinto que vou ter um terremoto!
Quintana
domingo, 8 de janeiro de 2012
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Como em tudo, no escrever também tenho uma espécie de receio de ir longe demais. Que será isso? Por que? Retenho-me, como se retivesse as rédeas de um cavalo que pudesse galopar e me levar Deus sabe onde. Eu me guardo. Por que e para quê? Para o que estou eu me poupando? Eu já tive clara consciência disso quando uma vez escrevi: "é preciso não ter medo de criar". Por que o medo? Medo de conhecer os limites de minha capacidade? Ou medo do aprendiz de feiticeiro que não sabia como parar? Quem sabe, assim como uma mulher que se guarda intocada para dar-se um dia ao amor, talvez eu queira morrer toda inteira para que Deus me tenha toda.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
2.3
primeira vez que começo um texto com título. 2.3 pra quem não
imaginava chegar nessa idade. não. eu não achava que morreria antes de chegar
na década dos vinte. só achava distante se tornar uma mulher com peitos fartos,
se bem, que sempre tive peitos grandes. que me causavam um certo desconforto na
infância. eu era a única que tinha peito grandes na escola. isso me roía a alma
de ódio. hoje nem me importo mais, joguei muitos pensamentos no lixo. daqui a
pouco terei mais um somado aos 2.2 que já possuo. ás vezes penso que não mudei
nada, outras nem me reconheço. mas basta eu me olhar no espelho, sou eu. não me
trocaram na vida. o cabelo não é mais o mesmo, o rosto não é mais tão redondo,
já não enxergo tão bem, a barriga cresceu levemente, mas sou. aprendi ser gente
que vive na selva. e eu, morria de medo de gente. ainda morro, mas mato um leão
por dia. a vaca da tristeza me chega do mesmo jeito como na infância. ela chega
sem motivo, faz algazarra, e vai embora sem deixar uma resposta do seu porque. eu
ainda não sei o motivo de muitas coisas, mas certas coisas parecem mais fáceis
agora. ás vezes a tristeza chega sem motivo, e ponto. e só um choro resolve.
não há motivos astronômicos. ela chega e passa com a cara mais deslavada que
existe... ai, me rôo o estômago quando alguém me pergunta quantos anos eu
tenho. tenho a idade que tenho, mas não me caibo nela. sempre me achei velha.
eu queria ter nascido na década de 90. as poucas amigas da minha infância
tinham nascido nessa década. achava que seria mais jovem se tivesse nascido
nesse ano. quantos pensamentos bobos eu tinha, ou não. não vou me julgar pelos
pensamentos da infância. se não quando eu chegar na menopausa serei má comigo.
não quero me julgar por pensamentos do passado. uma coisa nunca mudou. a
solidão. sou muito lésbica mesmo, vou ter que me namorar pra dá um pé na bunda
da solidão. qual é, eu me amo. chega de solidão. tenho fases de me encantar
comigo, e me querer por debaixo da blusa solta. tenho que agradecer o universo.
muitas coisas boas me aconteceram, apesar do dobro a mais de coisas ruins.
nessa altura da escrita e nem me lembro mais o que iria dizer, mas tô bem aqui.
hoje conversando como minha tia, ela me disse que meu sonho era ser escritora.
não fiz nada pra isso acontecer, e hoje sou atriz. primeira vez que digo que
sou atriz. e sou mesmo, quem vai dizer que não, vá me ver nos palcos e jogue um
tomate na minha cara se não gostar. sou atriz e já fiz umas das melhores atriz
que conheço chorar com uma apresentação minha. chorei ao saber. quer saber, sou
grata ao universo pelo que tenho. braços, pernas, olhos míopes, cabelos
encaracolados, uma cama quebrada, um violão sem cordas... eu não me rendo ao
funcionalismo público como minha tia quer. ou talvez sim, eu preciso de
dinheiro pra sair de casa. se tornar uma mulher de 2.3 com autonomia e dinheiro
no bolso pra bancar os sonhos que tem. e tanto faz, pode me chegar mais idades.
tenho tendência a não desistir de mim.
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Tum Tum Tum
no tempo que eu
era só
e não tinha amor nenhum
meu coração batia mansinho
tum tum tum
meu coração batia mansinho
tum tum tum
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Tum Tum Tum
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
domingo, 1 de janeiro de 2012
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