terça-feira, 8 de maio de 2012

Oh Hilda, mil e uma noites de amor com você


Ama-me. É tempo ainda.
Interroga-me.
E eu te direi que o nosso tempo é agora.
Esplêndida avidez, vasta ventura.
Porque é mais vasto o sonho que elabora
Há tanto tempo sua prôpria tessitura.
Ama-me. Embora eu te pareça
Demasiado intensa. E de aspereza.
E transitória se tu me repensas.

(...)


Eu te pareço louca?
Eu te pareço pura?
Eu te pareço moça?
Ou é mesmo verdade
Que nunca me soubeste?

A memória de nós. É mais. É como um sopro
De fogo, é fraterno e leal, é ardoroso
É como se a despedida se fizesse o gozo
De saber
Que há no teu todo e no meu, um espaço
Oloroso, onde não vive o adeus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário