sábado, 18 de agosto de 2012


quem de dentro de si não sai
vai morrer sem amar ninguém.
vinicius de moraes

pois, pois, pois bem, você vai escutar as contas que eu vou lhe fazer. está mais que certo que estou me abrindo toda. quando digo  toda, falo de todos os tecidos, os ossos, veias, músculos, artérias, do coração novo que acaba de nascer, de todos os dentes, a língua, a boca, o céu da boca. me abro inteira. estou fácil para quem me queira. é assim, não é? sem medo e com risco. estoy fácim, estoy aqui de carne e osso e algumas cicatrizes pelo corpo. desabrocho-me, desatarraxo-me, desapego-me... eu achava que tinha algo errado comigo. e tinha mesmo. é que eu sou toda pra dentro. e não quero ser tão bobinha e deixar os amores passarem por entre o tempo. o tempo já me roubou muitos amores, muitos desejos e sonhos. não vou deixar o tempo me devorar sem nada dizer. você pode até me devorar, mas prometo te devorar com a mesma intensidade e o mesmo carinho. 

Um comentário:

  1. as palavras
    parecem repetitivas
    e são mesmo.

    é um exercício diário
    um trabalho ás vezes árduo para comigo.

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