eu tenho saudade de dançar. eu necessito dançar a cada instante que me chega. eu sinto tanto que faria uma dança para cada batimento do meu coração. ele bate bem calmo agora, deve ser por conta do chá verde.
eu sinto que estou dançando agora escrevendo, vou até repetir a música. “…to meet him one day. maybe tuesday. will be my good news day…”.
tudo bem estar chovendo lá fora, eu estou aqui preparando um presente para a lua. estou costurando cada pedacinho de memória de nossa dança em marte, mardi. naquele espaço-tempo fora do tempo nossa terra foi vermelha. minha roupa ainda guarda uns poucos grãos desse tempo.
nossa pele foi tocada pela chuva mais fina e doce de uma terça. dia de marte, nosso segredo. temos um segredo que dança. é tão precioso quanto a chuva que cai agora.
agora é muito. já é. se não fosse noite agora seria um sol dentro de mim. eu gosto da noite que trás mistério, estrelas, você lá no alto.
quase não estou conseguindo escrever. eu não paro de sorrir. essa música me deixa toda derretida. lembra aquela manteiga que comemos juntas. lembra? acabamos com o pote de manteiga.
eu vou ter que repetir de novo essa canção. queria que você conhecesse essa música. eu queria que você tivesse aqui nesse agora. eu dançaria com você.
como é difícil costurar memórias que não são só minhas. é uma missão quase impossível. mas estou aqui somente de brincadeira e sem compromisso. do jeito que sempre deveria ser, e agora é.
o tempo se encarrega de tecer o que não posso costurar sozinha.
a última coisa que quero escrever antes da música acabar, é que pensei muito em você nesses últimos três dias. pensei muito na sua vivacidade felina. eu fiquei feliz por pensar em você.
vou ter que ir agora. a chuva me chama lá fora. “someday he'll come along… maybe. I shall meet him sunday. maybe monday, maybe not. still I'm sure. to meet him one day. maybe tuesday.”.
às 18h e alguns minutos do dia de hoje, que foi
tanto dentro de mim.
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