tem um segredo dentro da gente
que revela quem a gente pensa
quando o pensamento voa.
quarta-feira, 23 de abril de 2014
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sexta-feira, 18 de abril de 2014
"não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.
rosas verá, só de cinzas franzida,
mortas, intactas pelo teu jardim.
eu deixo aroma até nos meus espinhos
ao longe, o vento vai falando de mim.
e por perder-me é que vão me lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim."
c.m.
também é ser, deixar de ser assim.
rosas verá, só de cinzas franzida,
mortas, intactas pelo teu jardim.
eu deixo aroma até nos meus espinhos
ao longe, o vento vai falando de mim.
e por perder-me é que vão me lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim."
c.m.
uma mulher caminha pela cidade. uma mulher no seu cotidiano
de expurgar a dor caminha pela cidade sem destino. caminha com brasília de mãos dadas. caminha sem saber pra
onde, nem como e nem quando irá parar. observa o tempo no balançar do parquinho
na 402 norte. o tempo foi deixando de existir e o silêncio manso ocupou o vazio
do corpo da mulher. uma mulher se perde no meio da noite. e por se perder vai
se lembrando da folha que cai.
sábado, 5 de abril de 2014
foi que chegou
se debruçou
no minuto que não viria mais
e repousou os olhos num inquieto ponteiro
que ignorou aquele sonho
que se perdeu na tal promessa
de um novo dia
tempo, tempo, tempo, tempo.
no minuto que não viria mais
e repousou os olhos num inquieto ponteiro
que ignorou aquele sonho
que se perdeu na tal promessa
de um novo dia
tempo, tempo, tempo, tempo.
quinta-feira, 3 de abril de 2014
ela pintava a unha de roxo enquanto chorava. enquanto chorava
tentava não misturar o esmalte com choro que lhe caía do rosto. tentava não
misturar a lágrima do rosto com a pintura do esmalte fresco, que tanto pintava.
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