sexta-feira, 30 de setembro de 2011
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
[...]
É tudo que eu posso
Lhe adiantar
O que é um beijo
Se eu posso ter o teu olhar?
Cai na dança, cai
Vem prá roda
Da Malemolência...
Lhe adiantar
O que é um beijo
Se eu posso ter o teu olhar?
Cai na dança, cai
Vem prá roda
Da Malemolência...
Menino bonito
Menino bonito, ai!
Ai menino bonito
Menino bonito, ai!
Menino bonito, ai!
Ai menino bonito
Menino bonito, ai!
Exposições de fotos - "Mães pela Igualdade" e "Mi erpanhol es muy fueda"
Divulgando duas exposições da maravilhosa Alexandra Martins. Vale super a pena conferir e prestigiar uma artista local.
Trata-se da
Campanha “Mães pela Igualdade” e serão expostos retratos de mães cujos filhos são
homossexuais. A iniciativa dá início a uma série de eventos em grandes cidades
brasileiras, nos próximos dois meses, em que retratos gigantes dessas mulheres
serão exibidos em lugares públicos.
Foram cerca
de dois meses mapeando, conversando e fotografando mães com seus filhos e
filhas. E o resultado pode ser visto a partir de amanhã, as 14h, no Espaço do
Servidor da Câmara dos Deputados e a partir do dia 4 de outubro será
transferida para a Galeria Senado, no Senado Federal. Site da Campanha aqui
Além das fotos, a viagem também gerou um
blog que leva o mesmo nome da exposição "Mi erpanhol es muy fueda"
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quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Metade
Que a força do medo
que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Que o espelho
reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter
dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
Mas a outra metade eu não sei.
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
Mas a outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.
(Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo
mesmo se torne ao menos suportável.)
vara o dia
varrendo a noite
cata um sonho
sonha um vento
algo que fique
por pouco
por muito pouco
um cisco que seja
algo que signifique
alice ruiz
varrendo a noite
cata um sonho
sonha um vento
algo que fique
por pouco
por muito pouco
um cisco que seja
algo que signifique
alice ruiz
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Como andam as coisas? Eu, eu não
sei. Eu não consigo responder essa pergunta. Eu só sei que minha vida deu uma
volta de 360°. Larguei meu curso no sétimo semestre pra fazer cênicas, e eu não
sei dizer se estou feliz. Talvez apatia, mas não. É cansaço. Tenho medo dessa
palavra come vida... Me sinto mais velha, mais mulher, mais desejo... ainda que
reprimido, ainda que contido, ainda que num eterno silêncio. Parei de querer
caber nas coisas, parei de querer caber em um alguém. Parei com um tanto de
coisas inúteis, sem resposta. Parei com a simetria, a perfeição simétrica das
coisas. Hoje pratico o desapego, mesmo não conseguindo com maestria botar isso
em prática. O tempo me levou alguns amigos embora. O Meu melhor amigo hoje é o
silêncio, aqui. Aqui nessa bolha de ar, nesse concreto privado. Engraçado me
ser, eu rio de mim mesma agora. Mas que seja sozinha então, mesmo num bloco sem
ninguém.
O que do plano restou
O que de mim parou de transbordar
O que de tanto sonhar se desfez num vento sutil
O que do amor se fez com o coração hostil
O que do resto restou
O que hoje é do ontem solidão
O que de mim ainda resta
Grito
Silencio
Latidos
Amor
...
Marcadores:
no tempo da mudança,
solidão,
tempo,
vento
domingo, 25 de setembro de 2011
Sonja te ama!
Por Mariana Guimarães
A criatividade de Cibelle não tem limites. A artista plástica, cantora,
compositora e produtora achou no leste de Londres o seu lugar. Sob o codinome
Sonja, ela nos recebeu para uma balada pós fim do mundo em seu Las Vênus Resort
Palace Hotel. Entre e relaxe.
Cibelle Cavalli espera
a Mixmag no Dalston Superstore, um bar com uma
proposta artística forte que atrai alternativos de toda Londres. Como na capa de seu
novo disco, seus cabelos escuros e cacheados estão emoldurados por uma franja
de borda cor-de-rosa que “primeiro tava muito fúcsia, agora é que ficou da cor
que eu queria.” De vestido preto com longas franjas azuis e casaco verde
comprado num brechó de Paris, seu colorido contrasta com as paredes cinza de
concreto do lugar. Ela conta que passa tanto tempo ali, que é como se fosse sua
segunda casa. “Eu gosto de lugar gls, geralmente é mais relax, sem frescuras,
todo mundo fica à vontade.”
Apesar
de estar se curando de uma gripe, a voz e a personalidade de Cibelle são tão
envolventes quanto sua música. É fácil entrar no clima e a conversa flui solta,
passando por suas mudanças e experiências até sua filosofia artística.
Nascida
em São Paulo em 1978, dos seis aos 13 anos estudou música clássica no
Conservatório Tupinambá. Tocava um pouco de piano, mas percussão era o que mais
gostava. “Hoje eu toco de tudo”. Quem esteve no SESC Vila Mariana no ano
passado, em que fez um show inteiro sozinha, sabe bem. “Não acho legal essa
coisa de diva. Como eu sei tocar, gosto de ir pra frente e fazer.“
ARTE PELA ARTE
Cibelle
conta que foi só dos 17 pra 18 anos que descobriu os clássicos da música
popular brasileira. “Eu comecei cantando nuns botequinhos em Pinheiros. Mas eu
sempre preciso mudar, eu não consigo fazer as coisas do mesmo jeito muitas
vezes. E eu dizia: vamos tocar diferente? E as pessoas diziam: não, mas a
música é assim.”
Foi
aí que conheceu o músico yuguslavo Suba e sua carreira deu uma virada. Se
apaixonou pelos beats eletrônicos misturados com samba e gravou com ele São
Paulo Confessions. Tragicamente, ele morreu logo antes do lançamento. “O Suba
era incrível, parecia que ele vinha da mesma ilha espacial que eu. Tipo pode
tudo, se você sentir. Aprendi com ele que a arte é uma sementinha que você joga
pela janela e não tem como saber o que vai acontecer com ela. Você tem que
estar feliz de verdade, porque você vai viver com isso pra sempre.”
A
partir daí continuou seu percurso com a gravadora belga Crammed e foi ganhar o
mundo. “Eu me senti insegura, mas vi ali que as coisas acontecem porque você
consegue. Eu via o que acontecia no Brasil e pensei: fui!”
Ela
se mudou pra Londres em 2003 e foi morar na Brick Lane, a rua de imigrantes
muçulmanos que era o coração artístico e alternativo do East End londrino na
época.
SONJA KHALECALLON
A trajetória de Cibelle parece
sempre marcada por grandes acasos, parcerias e transições que ela vai
incorporando em sua arte. Outra grande influência foi através do amigo Rick
Castro, artista plástico americano percursor do movimento abravana. Pergunto o
que é, afinal, abravanar?
“Abravanar é você let go, você tá preso num lance e você faz alguma coisa pra explodir isso, expandir sua energia. Cada pessoa faz isso de um jeito: o lance do Rick é explodir em cor, é sair na rua chocando as pessoas com barulho, cor e felicidade. Minha maneira foi mudar pra cá, eu forço as coisas, tudo comigo.”
“Abravanar é você let go, você tá preso num lance e você faz alguma coisa pra explodir isso, expandir sua energia. Cada pessoa faz isso de um jeito: o lance do Rick é explodir em cor, é sair na rua chocando as pessoas com barulho, cor e felicidade. Minha maneira foi mudar pra cá, eu forço as coisas, tudo comigo.”
Foi
num desses encontros com Rick que nasceu o codinome Sonja Khalecallon, uma
espécie de alter-ego camaleônico de Cibelle. Ela faz instalações e performances
como Sonja, e mostra as fotos que carrega no celular. Em uma delas, vestida à
moda antiga distribui objetos de suas memórias a quem quiser levar.
“Eu
gosto muito de questionar a identidade, eu trabalho muito com o desapego. E com
a imagem e som, trabalhar essa ideia de quem sou eu, quem é você. As primeiras
coisas de Sonja com imagem eram muitas fotos minhas, auto-retratos em gif. Essa
é a essência, é porque eu faço as coisas. Eu trabalho conversando com o
inconsciente e descobri, através da arte, a deixar sair pra depois olhar e
entender o que tá acontecendo”.
CAMINHANDO POR DALSTON
Resolvemos dar uma volta
pelo bairro e ir conhecer o estúdio. Dalston é uma área com gente de várias
etnias, que vem se tornando um reduto de artistas e pessoas alternativas. A
rua, os prédios, as lojas uma ao lado da outra formam um conjunto uniforme sem
estética. Algumas fachadas parecem espaços abandonados, mas “cada uma dessas
portinhas são bares e baladas”, revela enquanto posa para fotos em frente às
vitrines.
Ela conta que é fã dos mercados e brechós da área, onde acha muito do que usa. “Ninguém tá ligando muito na rua aqui. Eu adoro a zona toda. É parecido com o que tinha em Brick Lane, mas mais vibrante. Menos véu, menos machista. É muito mais quente, tem uma mulherada jamaicana, mais alegre, sem frescura.”
Foi há dois anos que surgiu a oportunidade de vir pra Dalston dividir a casa e o estúdio com outros cinco artistas, a Supine Studios. Quando chegamos, ela vai nos mostrando e explicando o que rola ali. No térreo, os dois ateliers têm de tudo, desde um piano até muito material de carpintaria, onde cada um tem seu espaço. Ela mostra a sua mesa, desenhos e fotografias. Aqui também acontecem shows de bandas e exibições. Em cima fica o resto da casa e o estúdio de som fica no andar de baixo, onde gravou parte do novo CD. Ela mostra o jardim que agora é coberto de madeira do flatmate Simon Ribchester, que participa na música The Gun and The Knife, “ grande violonista e guitarrista”. Também se rasga em elogios à banda com quem toca: Las Shark, “uma das mais criativas de Londres”.
Ela conta que é fã dos mercados e brechós da área, onde acha muito do que usa. “Ninguém tá ligando muito na rua aqui. Eu adoro a zona toda. É parecido com o que tinha em Brick Lane, mas mais vibrante. Menos véu, menos machista. É muito mais quente, tem uma mulherada jamaicana, mais alegre, sem frescura.”
Foi há dois anos que surgiu a oportunidade de vir pra Dalston dividir a casa e o estúdio com outros cinco artistas, a Supine Studios. Quando chegamos, ela vai nos mostrando e explicando o que rola ali. No térreo, os dois ateliers têm de tudo, desde um piano até muito material de carpintaria, onde cada um tem seu espaço. Ela mostra a sua mesa, desenhos e fotografias. Aqui também acontecem shows de bandas e exibições. Em cima fica o resto da casa e o estúdio de som fica no andar de baixo, onde gravou parte do novo CD. Ela mostra o jardim que agora é coberto de madeira do flatmate Simon Ribchester, que participa na música The Gun and The Knife, “ grande violonista e guitarrista”. Também se rasga em elogios à banda com quem toca: Las Shark, “uma das mais criativas de Londres”.
LAS VÊNUS RESORT PALACE HOTEL
“Dando
esse rolê por aqui, fui entendendo o quanto eu gosto de coisa feia, que as
pessoas acham feio – essa coisa do mau gosto, do brega, do vulgar. Aí eu
pensei, então, vamo lá, cansei de tentar caber! Eu não sou cool, eu sou
quente.”
Esse
é o clima do seu terceiro CD, a ser lançado no Brasil em breve, que Cibelle
produziu em parceria com o canadense Damian Taylor, engenheiro de som da Björk.
O som “punk tropical pós-apocalíptico” foi inspirado em Exótica, estilo musical
americano popular nos anos 60. “Um dia eu descobri que o som que eu mais gosto
é o que as pessoas chamam de Exótica. Eu gosto de coisa meio bizarrinha, que é
muito pessoal, mais divertido.”
No
conceito do disco, o mundo terminou, quem pôde foi embora explorar outros
planetas e a Terra decadente só sobrou aos miseráveis, artistas e boêmios. No
Las Vênus Resort Palace Hotel, Sonja é a hostess e faz de tudo para entreter
seus hóspedes. “Na minha visão, todo mundo já escapou, é positivo, é só continuação.
Vamos supor que a gente ficou galático. Da mesma forma que a gente gosta de bar
sujinho, vem fazer clubbing em Dalston quando tá trash, a mesma coisa vira o
planeta Terra, um lugar meio underground, meio zoado, para onde a galera que
quer se divertir vai.”
Cibelle
conta que esse é o disco com o qual ficou mais feliz. “Eu amo esse disco por
vários motivos. Todo mundo diz que ficou feliz, que o disco tá divertido. Eu
quero propagar uma energia de abravanação, a gente gasta muita energia tentando
caber nas coisas.“
A LOJA DA SONJA
Agora
na sua mente você vai entrar na loja do Hotel, vai adquirir o Cartão de Licensa
Poética. Com ele, você fala o que vc quiser. Por exemplo, se você quer escrever
uma letra em uma língua que não existe, não tem problema, se você inventou uma
palvara, também não tem problema, se usou 5 linguas diferentes, OK, se cantou
só em português, numa boa. Você tem licensa poética pra fazer o que quiser.
O
outro produto é o Colírio do Olho Fresco, que você pinga no seu olho e enxerga
o mundo sem bagagem emocional nem julgamento. Você olha e vê uma pessoa sem
pensar se a cor da blusa dela quer dizer isso ou aquilo.
Outro
a Loção Anti-cético, para você ver as coisas com mais encanto, com mais poesia,
mais diversão, mais leveza. Como uma criança.
O
último é o Abravana, ou botão do Foda-se (versão). Relaxa e aproveita.
Coisas
de Sonja, Sonja loves you, Sonja te ama!
NOVOS BAIANOS NA UNB
NOVOS BAIANOS NA UNB!!!!
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
terça-feira, 20 de setembro de 2011
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Lume 3
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