É muito estranho... Desde ontem as lágrimas secaram.
Tão fácil... Parece que certas lacunas não existem mais.
Não sei... Não tou sentindo nada.
Eu sofro de nada... E ainda não sei do dia de amanhã.
Insônia... Queria um chocolate quente.
Tá tão frio... Ouço essa música...
Precisamente... 140 vezes.
Música reconforta a dor...
Amanhã é mais um dia…
Preciso dormir… Tempo, tempo seja meu amigo.
Tempo, tempo, tempo... “O tempo é um amigo precioso
que faz questão de jogar fora aquela mágoa vencida que ficou.”
Acho que tôu sentindo...
Chega!
Vou mudar de música…
Quero sair daqui... Quero minha cama.
Meus livros... Meus discos.
Meu joelho... É essa posição desconfortável.
Com o tempo os joelhos... Não funcionam mais.
Não tenho paciência... Queria ter paciência.
“Tudo sobra em mim... Ao mesmo tempo não há nada em mim.
Nem ninguém... Eu sofro de nada e de ninguém”.
Ai, que vontade de urrar... Rasgar a roupa e gritar até suar.
Até quebrar tudo... Derrubar prédios... Vitrines.
Estourar copos de cristal... Lá do outro lado da cidade.
Gritar um “foda-se” pro mundo... Foda-se.
Foda-se você... Foda-se seu egoísmo.
Foda-se... Foda-se.
Que besteira...
A vida é muito mais fácil... Quando você definha sozinha...
Merda... De joelhos.
Eu sou o coelhinho da Alice... Me enfiando na toca e caindo no buraco.
Chega... Vou dormir.
Mesmo com dor... Mesmo sem sono.
Vou me deitar... Na cama.
Amanhã tudo vai ser diferente... Hoje vou dormir.
acaba que a dor voltou sem o amanhã chegar.
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