domingo, 3 de abril de 2011

Mudança de direção.

É muito estranho... Desde ontem as lágrimas secaram. 
Tão fácil... Parece que certas lacunas não existem mais.
Não sei... Não tou sentindo nada. 
Eu sofro de nada... E ainda não sei do dia de amanhã.
Insônia... Queria um chocolate quente.
Tá tão frio... Ouço essa música...
Precisamente... 140 vezes.
Música reconforta a dor...
Amanhã é mais um dia…
Preciso dormir… Tempo, tempo seja meu amigo.
Tempo, tempo, tempo...  “O tempo é um amigo precioso 

que faz questão de jogar fora aquela mágoa vencida que ficou.”
Acho que tôu sentindo..
.
Chega!
Vou mudar de música…
Quero sair daqui... Quero minha cama.
Meus livros... Meus discos.
Meu joelho... É essa posição desconfortável.
Com o tempo os joelhos... Não funcionam mais.
Não tenho paciência... Queria ter paciência.
“Tudo sobra em mim... Ao mesmo tempo não há nada em mim.
Nem ninguém... Eu sofro de nada e de ninguém”.
Ai, que vontade de urrar... Rasgar a roupa e gritar até suar.
Até quebrar tudo... Derrubar prédios... Vitrines.
Estourar copos de cristal... Lá do outro lado da cidade.
Gritar um “foda-se” pro mundo... Foda-se.
Foda-se você... Foda-se seu egoísmo.
Foda-se... Foda-se.
Que besteira...
A vida é muito mais fácil... Quando você definha sozinha...
Merda... De joelhos.
Eu sou o coelhinho da Alice... Me enfiando na toca e caindo no buraco.
Chega... Vou dormir.
Mesmo com dor... Mesmo sem sono.
Vou me deitar... Na cama.
Amanhã tudo vai ser diferente... Hoje vou dormir.

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