32° aniversário do esquadrão! Salve, salve o esquadrão da vida!
sábado, 31 de dezembro de 2011
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
em 11 tópicos e uma foto
- o mar da cidade maravilhosa que lavou meu corpo e alma;
- a Tiê me desejou "muito béns" no show dela;
- resumo expandido aceito num congresso;
- a entrada no curso de dança e de artes cênicas;
- a morte de um grande amor;
- o espetáculo “Um ensaio repetitivo e monótono” fez sucesso na UnB;
- artigo sobre os “Aspectos socioculturais dos frutos do cerrado...” recebeu menção 93;
- férias indeterminadas do NEC;
- criação do grupo de dança;
- novo projeto sobre produções audiovisuais;
- aceitar o novo amor;
aos que gostam de mim eu peço uma
máquina fotográfica de presente de aniversário, aos que não gostam de mim peço
o mesmo. assim mesmo com essa desvergonha tamanha. pode ser de qualquer marca,
desde que funcione melhor do que meu celular de 2 pixels. eu adoraria ganhar
uma lomo. super adoraria ganhar uma, mas deixo livre a escolha de você(s). dou
uma dica: as máquinas da lomo são baratinhas. eu não compro porque não tenho
dinheiro mesmo, e vou me virando com meu celular. eu aceito doações, máquina
usada, vale presente, com pequenos defeitos. não me importo se for uma super câmera
fotográfica de última geração. vou aceitar com maior carinho.
advertências:
peço esse presente não com intuito de uma futilidade, mas com a necessidade de uma urgência, ainda que fútil.- aceito também de estranhos.
contatos: por aqui mesmo, é o
canal!
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Ufa!
Fazer dançar, vadiar, cirandar, improvisar, experimentar,
abravanar. Depois do Natal, o fim do bloqueio do conteúdo mental. Aleluia!
domingo, 25 de dezembro de 2011
sábado, 24 de dezembro de 2011
será mesmo que um dia eu me encontro?
num ritmo quieto, eu te esperei
de mãos soltas no vento sul
te esperei num fim de tarde, no amanhecer
até tudo acabar
até nada de dor existir em mim
vesti roupas coloridas pra te ver num domingo índigo
caminhei nua pela rua
de alma livre pra te receber
será mesmo que um dia eu me encontro?
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transverso
Amor é pra quem quer.
É só isso? Na distancia: palavras carregadas de aspirais de
sensações. De perto: o silêncio. Será isso medo do encontro? Medo de sentir
demais? Medo de não agüentar a partida? Da distância que nos separa? Não te
peço tanto, apenas afeto. Não te quero medo, te quero livre. Te quero na
imensidão do mar... Se eu tiver que te ver ir, dançarei leve. Não te quero pela eternidade, te quero hoje,
se hoje for muito. Se for um grão na imensidão do seu mar. Não vou chorar ao te
ver partir. Vou sentir saudade ás vezes, vou sentir muito. Vou morrer de amor,
nascer novamente na vontade de outro querer. Amor é pra quem quer.
ps: para você novamente.
ps: para você novamente.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Lero-Lero
Saber que finalmente consegui
entrar no curso de cênicas, me deixa feliz. Foi tão difícil entrar naquela
porra. Mas tô lá, e não vou negar, bate um desespero ás vezes. Eu tenho 22 anos
e estou na minha segunda/terceira graduação. E ainda por cima, sou uma
clandestina em outra graduação (dança). Ai se pegam, eu não tô nem aí. Enquanto
isso tô dançando, atuando, performando e fotografando nas horas ociosas. Ganhando
experiência, experimentando leve na maior parte do tempo. Ás vezes chega um
pesar nas minhas costas, mas já tou tão macaca velha, que logo jogo um balde de
água fria pra acordar e deixar leve a caminhada.
Meu saldo final de 2011 foi mais
positivo que mil divãs. Nunca viajei tanto na vida, e muitas vezes sem pagar
nada. Conheci um mundaréu de gente, de terras, de ruas, me encontrei em muitos
lugares, me perdi em outros. Fiz festa na praia do Leblon, dancei com o mar
calmo. Fiquei observando as ondas levarem todo aquele peso que um dia me
deixaram mais velha, sem cor.
Eu vi nascer outras mulheres em
mim. Eu vi muitas delas morrem pra nascerem outras. Isso de morrer ajuíza os juízos,
ou não. Fui tantas mulheres, fui nada, fui vádia, fui aperto no peito. Solidão
na maior parte do ano, uma doce solidão que a música dele levava de mim
(Marcelo Camelo). Ele me dizendo “que
tudo passa”. E passa mesmo, se me distraio já tô morrendo de novo.
É assunto de mais pra caber aqui.
Enquanto não caibo em palavras, eu danço. Dançar me deixa menina leve, cabelo
solto. Nessa onda de danças, eu entrei numa Cia. de dança. É eu to dançando,
tudo aconteceu tão rápido que ainda não tive tempo para refletir. A única coisa
que me inquieta nesse novo grupo é um estimulo de competição, isso me assusta.
“É cada um por si na sua própria bolha de
ar.” Não tô acostumada com isso. Teatro é diferente, não se faz teatro em
sua própria bolha de ar. Sei lá, espero que seja uma impressão errada da minha
parte.
A única coisa que não consegui em
2011 novamente, foi um amor. Só tive um amor platônico, um amor ainda de 2010,
um amor medo de Santos, e nada mais. Eu não sei o que acontece comigo, mas eu
não sou do tipo de alguém me querer. E quando isso remotamente acontece sentem
medo. Fodam-se, fodam-se todos todas. Ainda bem que tenho doutorado em solidão,
senão eu tava fudida. Mas bem no fundo acho que isso seja uma armadura que
criei pra me defender. Mas tem dado certo. Na falta de um amor, eu viajo só.
Mas na verdade “o que eu penso mesmo é encontrar alguém que
me dê carinho e beijo... Ah, eu só quero amor. Seja como for o amor. Seja bom,
seja amor.” Que o novo ano me traga um amor, seja como for, seja quem for. Seja
amor. Que venham outras promessas não cumpridas, de certo outros lugares surgirá.
Defeito
Defeito by Marcia Regina
Acho que vou dar defeito quando encontrar você
Vou dar defeito se eu não encontrar você
Posso até
perder a razão, e eu não me importo
Vou-te olhar querendo um beijo
Acho que
vou ficar de perna bamba
Vou dançar assim mesmo, vou sumir
Vou criar asas ao
te ver sorrir
Meu coração vai bater desritimado
Vou perder a fala quando encontrar você
Vou ficar em silêncio quando você partir
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Defeito,
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Santos,
São Paulo
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
... a tarefa de todas as tarefas é
transformar o insignificante em algo grande, o inconspícuo em algo radiante;
mostrar um grão de poeira de tal forma que o vejamos contido no todo; de modo
que não possamos ver sem, ao mesmo tempo, ver todas as estrelas e a conexão
profunda do céu, à qual ele pertence intimamente.
Rainer Maria Rilke
in Cartas do poeta sobre a vida (fragmento)
Trad.: Milton Camargo
Mota. São Paulo, Livraria Martins Fontes Ed., 2007, p. 102.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
e tanto eu tenho pra dizer
e nada sei dizer
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efêmera,
palavra,
silêncio
pitanga
Sambinha bom
é esse que traz de volta,
que é só tocar,
que logo você quer voltar.
Meu coração
já cansou de tanto choro derramar
e pede "volta" pra gente dançar.
é esse que traz de volta,
que é só tocar,
que logo você quer voltar.
Meu coração
já cansou de tanto choro derramar
e pede "volta" pra gente dançar.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
domingo, 18 de dezembro de 2011
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
samba triste
faz batucada
no meu coração
já castigado
samba tão triste
trás certas madrugadas
Brasília solitária
mulher sem cais
dança na calçada
na neblina
descalça
na garoa fina
da madrugada despedida
samba triste de letra pobre
sem rima
ecoando em mim
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solidão
Não tenho mais medo do mundo (um
pouco talvez). Quando assumo que sou dona da minha própria casa, não tenho pra
onde me esconder, é encarar o mundo. Sair por aí, sem medo, sem medo de errar.
Se der errado, eu choro, me descabelo, faço cara feia. Mas visto outra roupa e
caio no mundo. É assim, bem simples complexo. De repente eu tava ali pastando,
e agora to lá dançando, interpretando... As coisas estão acontecendo numa
velocidade esquizofrênica, quase me engolindo. E eu numa calma nunca vista, vou
indo nesse fluxo louco. Ás vezes eu namoro o dia, ás vezes à noite. Saio comigo
mesma pra passear. Assim somente só. Não tenho medo da solidão. Ela é a única
que me acompanha sem reclamar, me segue em silêncio, me namora quente. Solidão
é um prato quente servido na minha alma. E vou seguindo aqui e ali num passo
cansaço ás vezes. Mas bem, obrigado! O que têm mais me atormentando esses dias
é a doença da minha mãe, esse anuncio de morte me mata com ela. Isso sim me dá
muito medo. Se saio, não sei se encontro mais aquele rosto parecido com o meu,
aquele cheiro inconfundível, aquele jeito torto de me amar. Tento me manter
calma pra não deixa-lá abalada e complicar a situação. Acalmar é quando eu
deito no colo dela e me faço filha pequena, me faço mãe grande. Há esperança.
Eu bem sei, eu me apego a isso... Não quero ter que escolher entre duas artes.
Quero tocar um foda-se em quem me censurar por fazer duas coisas que amo ao
mesmo tempo. O mundo quer de você interdisciplinaridade, uma gama de conhecimento,
e me proíbe disso. É uma filha da putagem. Existem leis que deveriam ser
revistas. O homem deveria ser revisto, quem sabe assim ele se torne menos ísta.
Pode dizer, se perguntarem por mim eu estarei dançando, atuando, fotografando,
comendo, pulando, gritando, chorando, desfazendo, fazendo, crescendo,
descansado se preciso for. Amando, criando, experimentando, experimentando mais
um pouquinho. Ainda estarei querendo um amor... A vida ás vezes cansa, mas
gosta dessa loucura toda. Quando ela passa suas mãos em mim, crio asas. Me
sinto mais segura nesse mundo selva. Quando se conhece limites fica mais fácil
de encarar o mundo... A vida que cai em mim tenho feito festa com ela. Antes
melhor do que nada fazer, antes que chorar pela falta dela. Eu danço na tarde
quente ao ver um azul feito pra mim. Uma tarde que me namora, que me envolve. Me
divirto na rua. E só de imaginar uma saudade, eu giro pro lado do
esquecimento... Pode me chamar de fria. Mas minha armadura é quente e me
protege, ás vezes dá certo, outras não. Mas ganho experiência, e com a mãe
experiência sou mais forte, sou mais mulher... Acho graça nesse amontoado de
palavras soltas, esse vomitar de palavras de dentro... Desengasgar a dor que
cobre a pele fere a alma... Pra terminar por hoje esse escarcéu de sentir, digo
que me sinto não pertencer a esse mundo. Me deixaram aqui por acaso, eu to de
partida. Que isso? Que isso sua doida?
Eu tenho medo quando ela anuncia
à hora de partida. Quando ela definha sem tentar mais um pouco viver, sem
tentar ser feliz... Tenho medo de um dia não chegar a tempo e não vê-la mais.
Ouvir aqueles gritos por horas insuportáveis, mas que denunciam a presença
dela. Tão jovem... a doença mental envelhece o mais nobre coração.
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