fazia um tempão de tempo que o tempo não apertava tanto meu
corpo contra ele - os dias cada vez mais pequenos de tanta água e sal.
metade do ano se aproxima e não iniciei a escrita que é mais
urgente que essa... li num artigo que a urgência não é mais como antes, tudo é
urgente, daí não é mais urgente... a tecnologia vem engolindo o tempo. bom ou
ruim, eu sinto de qualquer forma esse percurso.
tenho sentido dificuldade de respirar, pois o tempo tem passado
as mãos em mim com mais desejo e vontade de mostrar que ele existe. tenho me
sentido triste, não com uma tristeza de uns dez anos atrás, mas uma tristeza
nova.
tristeza nova que cresce com tempo, que segue o rio e logo ali
na frente deságua em uma alegria vinda não sei de onde.
eu não sei. necessito morrer, necessito morrer de amor antes que
meu tempo morra. necessito aprender a me amar e te amar também.
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