domingo, 16 de setembro de 2012

papéis, papéis, papéis... muitos deles jogando no chão. bonecas dilaceradas, encerradas, sem pernas, sem cabeças, sem um corpo por inteiro. ou já seria aquela desordem a inteireza de anne sexton? eu olhava pra aquele emaranhado de  falas rabiscadas, marcadas, cuspidas e senti uma euforia de súbito... o desconhecido me rondava como felino que é. 
quem seria anne sexton no palco? quem foi sexton? quem foi essa mulher e quem seria a outra a revivê-la nos palcos? não foi jessica cardoso que se encontrava sozinha em performance, lá e cá estavam duas mulheres completamente nuas de si. carne exposta em completo transparência de ossos, órgãos, seios, boca, músculos... pronta para chupar os pecíolo das flores. 
conheci duas mulheres no palco uma no passado, outra no passado presente instante-já  ser e estando. serestando. gozando por todos os buracos-poros do seu corpo negro e denso, voluptuoso. fragmentária, subversiva, lasciva, dionisíaca, mulher que beira, transborda... 
imagina se fossem mais que seis encontros. a transa seria outra, não é?. que venham mais transas e transbordamentos para você minha menina sexton! se é isso o que te toca! 

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