segunda-feira, 3 de setembro de 2012


Trata-se do conflito entre duas necessidades: por um lado, a liberdade absoluta na abordagem, o reconhecimento do fato de que “tudo é possível”, e, por outro lado, o rigor e a disciplina que fazem com que “tudo” não seja “não importa o quê”. Como situar-se entre o “tudo é possível” e o “não importa o quê”? A disciplina, em si, pode ser quer negativa, quer positiva. Ela pode fechar todas as portas, negar a liberdade, ou ao contrário constituir o rigor indispensável para sair da lama do “não importa o quê”.
É por isto que não há receitas. Permanecer demasiado tempo na profundidade pode ser enfadonho. Permanecer demasiado tempo no superficial, torna-se banal. Devemos estar permanentemente em movimento.



BROOK, Peter. Le Diable cést lénnui, 1991, p.70. Tradução: Suzi Frankl Sperber.

COLLA, Anna Cristina . DA MINHA JANELA VEJO... relato de uma trajetória pessoas de pesquisa no Lume, 2003, p.39. 

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