domingo, 21 de abril de 2013


eu sei que é coisa da minha cabeça... eu sei que é coisa da minha cabeça, do contrario minha cabeça não estaria caindo da minha cabeça, e meus olhos findando em mim. do contrario não seria o amor platônico, e ele tivesse admitido um amor. do contrario não estaria ouvindo o burburinho dela por cima do telhado, de certo ela teria me amando uma vez de baixo do bloco ou tivesse me amado na 508 sul. talvez eu teria morrido ao beijá-lo de bigode de barba e peito na boca. eu seu tivesse contado não teria escrito teatro. de certo é coisa da minha cabeça botar tudo em ordem alfabética e acertar o acento da minha tecla. ouvindo a batida do quarto dela. minha cabeçada teria findado por estatística, eu gosto de botar padrão nas coisas, mas sonho é tudo que eu quero. a pobreza, e tudo mundo vai ser feliz. é tudo coisa da minha cabeça, e estou muito feliz. eu teria amado e não teria nenhum dinheiro. porque essa coisa de ter paixão... essa coisa de ter um amor, e querer fazer e conseguir fazer. é coisa da minha cabeça e outras coisas. é tudo em são paulo, riacho profundo 2. vamos tentar fazer algo normal? vozes, tá escuro, tá concreto, é  biblioteca do concreto. é aquelas caixinhas que tem eternamente. os de brasília estarão de fora, enquanto ele abre a porta. passou rapidamente e falei filosófico, complexo, sistêmico, sem lembrar o dito e o não entendido. ele passou aqui, eu disse pouco, economizei nas letras a conta gota. é coisa da minha cabeça e a estagiária está uma merda. dessa vez foi suave, o rio passou lento e quase não percebi. caramba, essa maldita rima não sai da minha cabeça, que merda... eu ouço cadência rítmica na minha cabeça. parou, eu vou no banheiro. 

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