olho para trás e a dor é menor. talvez o pequeno nem seja a
questão. talvez o meu aquário se expandiu pra além de mim. de mim narciso. e aí a visão e
mergulho tornar-se mais profunda. é assim que me é no momento. e aí começo a ver o que de infinito existe e posso
serestar.
olho porque o sofrimento existe e não preciso mais esconder as marcas do meu corpo. sou essa marca de tempo e experiência, um abraço de amor apesar
das perdas.
o sofrimento esse eterno sentimento vicioso ganhando outras formas em meu ser não é mais o mesmo.
o sofrimento esse eterno sentimento vicioso ganhando outras formas em meu ser não é mais o mesmo.
o menino sofrimento vem dançando leve. leve. leve. acorda
de manhã com um olhar calmo que tateia a janela, bisbilhotei as folhas
laranjas. respira o vento norte. acorda em brasília querendo o mundo cósmico.
minha cabeça trovoa com olhar de movimento e falo
mansinho pro menino sofrimento: calma, calma, calma. segue em frente que o amor não morre
assim de perdas. na verdade ele só aumenta ainda mais em meu peito. ainda pulsa, graças as nuvens que amo com o mesmo efeito de entrega.
eu não desisto
eu resisto
eu me refaço
me desfaço
me refaço
me movimento
me invento no presente
me invento no presente
me giro
me deixo ir
me morro
me abismo
me nasço na manhã seguinte
me choro pra curar as dores nos músculos
me morro
me abismo
me nasço na manhã seguinte
me choro pra curar as dores nos músculos
me grito
me silêncio
me deixo amor serestar.
eu resisto porque o amor é um tambor que dança em meu peito
eu resisto porque o sofrimento não me parece mais um sofrimento
sem fim.
ele é um bom movimento a sacudir as defesas que ainda possa existir.
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