uma noite qualquer e toda a sua impermanência dos encontros.
um paradoxo de se permitir e esquecer. perdoar. um olhar sem medo o que o corpo tem a
dizer. o poder do corpo. uma noite vermelha. intensa. uma cozinha desenhada com
muitas flores bocetas.
mil mulheres podemos ser na fila do supermercado, na pia da
cozinha. na minha cama que meu sexo me conecta com a vida. em qualquer lugar.
instinto.
instinto.
corpo fera desatando nós. desatando o medo querendo ser
coragem. coragem amor pra combater a covardia a cada instante do viver, do
desejar algo que é além do que posso imaginar.
perceber no distrair e não no fugir que a intensidade nos
aproximou, e também, nos afastou. me corrói a ausência, o não dito, o incompreendido,
a fuga que não foi só minha. me dói no peito e me fortalece. me faz romper as
jaulas que não são só minhas. transformando o não , desatando o não.
movendo os moveis do lugar, removendo minhas memórias das
paredes.
relembrando que num primeiro encontro parangolé a pureza foi
um mito. o que existe, tem e é, é a
imperfeição e um aceitar o outro em todas as suas potencialidades. ter concessões
pelo amor, ter coragem pra combater a apatia, o peso e a defesa que ainda pode existir.
que a alegria também se constrói. ela existe em mim também.
tudo é construção.
é um invento que posso intuir.
é contradição. é momento. é nada.
te vejo no meu presente, no meu futuro, no meu passado. no
meu destino.
isso parece que existe. é um perfume em mim.
é um palco vazio trazendo a nostalgia do encontro
impermanente.
é a fragilidade do amontoado de palavras que me levam a
nada, ou sim, me levam ao meu encontro.
do descobrir solitude.
janelas com luzes que
me causam uma grande saudade nostálgica da sua presença passional. fugitiva. la
fugitiva. aventureira.
pela infâmia do destino pode ser que seja só melancolia. outro
ensaio melancólico de mais uma perda.
escrevo pra entender e pra esquecer. perdoar, assim com toda prolixidade e repetição das palavras. e quando não lembrar com
tanta precisão, voltar aqui. não sei. não sei.
porque é natural que seja assim você aí. e eu exatamente
aqui. e isso é lindo. vai durar.
estou te amando no gerúndio
é serio
é possível o passageiro
me lasquei
não sustento nada
não me cobre
não me infâmia
não me castigue
.
.
.
dar vontade de ser outra pessoa
diferente inconstância
bandoleira
o si mesma fiel a mim
a ti
.
.
.
e que seja mágico.
"O nome que se dá ao amor
ResponderExcluirSeja ele qual for,
Ou qual tipo seja
No primeiro gole de cerveja
Molha e mergulha as palavras
Talvez você saiba
Que arame que fura farpado
Mata o amor de infarto,
Que não é brincadeira
Cerca cercando
Gaiolando prendendo
Os braçøs abafando
O amor se encolhendo
Quase se convencendo
De que é assim sempre
O amor abafa a gente
Que nem polícia faz,
o amor é assim, né rapaz
corrente,
que prende
e
para.
Parem!
A minha boca fala de outro amor
amor coragem
Que é alicate
Torando a cerca
De qualquer pastagem
Amor Coragem
Que age
Sem mascara, sem disfarce,
Que escreve na própria face
As marcas da vida
Essa ideia fudida
De propriedade
Vai deixar de existir
Coragem, amor, coragem
Pois as pernas são pra caminhar
Pular catraca,
correr da repressão,
dançar na rua,
subir ladeira,
chutar bomba de opressão
as suas pernas amor,
são pra se confudir com as minhas
quando nessa estrada
tu caminhas e vai longe
e vai porque carrega
de monte
o movimento
das coisas
Coragem amor, coragem
Pra derrubar as dores que perseguem essas dias
Derrubar a apatia,
E claro, o presidente
Eu sei que nessa cidade tem um monte de gente
Que não liga para nada do que se diz
Eu ouvi,
Mas é que a coragem é assim
Rebelde, ousada,
Não respeita nada
E quando se junta com amor
Ela é o que há de mais revolucionária
CORAGEM AMOR, CORAGEM"
pedro bomba