ela caminha sozinha e nua na cidade vermelha vazia, espera um ônibus que nunca vem. um sol vertiginoso cobre seu corpo que fica craquelado a cada seca cristalina. ela chora no silêncio de sua dor. chora porque a esperança é pouca e cruel. chora porque pensa que não tem ninguém no mundo para lhe ajudar. ela me liga com uma voz embargada, fina, tão triste e doce... e diz que está triste e cansada, que vai chegar logo em casa. e eu fico triste com o mundo por fazê-la tão triste.
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