eu não sou muito de sonhar
ou melhor dizendo, pois aprendi
assim com o tempo, não sou
muito de lembrar de sonhos, aqueles
primeiros do inicio da noite
me lembro dos últimos, aqueles de
sustos despertos pela necessidade de acordar
o celular desperta e preciso
acordar pra vida
mas esses dias de muita flor na
pele
lembrei de um em especial, com
muito detalhes, muitas camadas
que não sei precisar o significado,
mas acredito que o corpo saiba
porque ele é dotado de inteligência
que as palavras costumam não dar conta
mas era assim o sonho, era assim:
uma banheira grande, pois dentro
havia três mulheres
duas do signo de terra e uma com ascendência
na terra
parecia um banheiro, mas poderia
ser qualquer lugar
eu estava nesse sonho, estava de
calcinha
era apenas uma calcinha em mim, as
outras duas mulheres
me lembro do corpo e da sensação
dos seus rostos
era com amor que elas me fitavam
até eu mergulhar naquela água que
nos cobria perto da cintura
e que aos poucos iria cobrir meus
seios
olhei fundo nos olhos das deusas,
respirei sonolentamente
e mergulhei para dentro, lugar
nenhum
quando abri meus olhos, me vendo
como observadora no
meu próprio sonho, me vi num mar
azul escuro de estrelas
era um mar azul de estrelas que eu
havia mergulhado
me lembro de me sentir tocada pelo
mar de estrelas
de repente eu estava nadandovoando
no abismo
eu mergulhei e me perdi no que não
sei explicar
e quando a gente não sabe explicar
pode ser muitas coisas, entres elas
o amor, o
próprio sonho, a dança, a vida, os
sentires
e muitos outros improvisos que
temperam a pele
e que afinam a vida num único fio
que é um rio.
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