terça-feira, 20 de julho de 2010

You do me wrong now

É muito estranho... Desde ontem as lágrimas secaram.
Tão fácil... Parece que certas lacunas não existem mais.
Não sei... É que não tou sentindo nada.
Eu sofro de nada... E ainda não sei do dia de amanhã.
Insônia... Queria um chocolate quente.
Tá tão frio... Ouço essa música... “You really gotta hold on me”.
Precisamente... Escutei 140 vezes essa música só nessa semana.
Não chamo isso de depressão… Não é tristeza.
Gosto de ouvir uma música muitas vezes em um mesmo dia.
Música me faz bem... “l don’t like you, but l love you”.
Amanhã é mais um dia… Dia de ser...
Preciso dormir… Tempo, tempo seja meu amigo.
Tempo, tempo, tempo... Fazer tudo correndo.
Escrever tudo correndo... Ler tudo correndo.
Acho que tôu sentindo... Agora, precisamente.
“Seems that l´m always thinkin of you”... Chega.
Vou mudar de música… Talvez coloque uma dançante.
Ah, não... Quero essa mesmo.
Quero sair daqui... Quero minha cama.
Meus livros... Meus discos.
Ontem comprei um disco... El Radio.
Gostei do que ouvi... Gostei de uma música que agora não me lembro o nome.
Meu joelho... Tôu com câimbra.
É a posição desconfortável na cadeira.
Com o tempo os joelhos... Não funcionam mais.
O meu já não bate bem de saúde.
Quando criança... Eu costumava jogar futebol.
Eu era considerada... A “fominha” da turma.
Era mesmo... Mulheres ás vezes são lentas.
Não tenho paciência... Queria ter paciência.
Paciência com esse frio... Essa insônia.
“Tudo sobra em mim... Ao mesmo tempo não há nada em mim.
Nem ninguém... Eu sofro de nada e de ninguém”.
Ai, que vontade de urrar... Rasgar a roupa e gritar até suar.
Até quebrar tudo... Derrubar prédios... Vitrines.
Estourar copos de cristal... Lá do outro lado da cidade.
Gritar um “foda-se” pro mundo... Foda-se.
Foda-se você... Foda-se seu egoísmo.
Foda-se... Foda-se.
Que besteira... Também sou fudida.
A vida é muito mais fácil... Quando você definha sozinha.
Quero ficar aqui sentada... Mas a dor aumentou.
Merda... De joelhos.
Eu sou o coelhinho da Alice... Me enfiando na toca e caindo no buraco.
Chega... Vou dormir.
Mesmo com dor... Mesmo sem sono.
Talvez um cigarro antes dormir... Ajude essa minha intranquilidade.
Culpa dessa música... “You really gotta hold on me”.
Prometo que essa vai ser a última vez... Que escuto essa música.
Quando ela acabar... Vou me acalmar.
Vou me deitar... Na cama de poeira.
Amanhã tudo vai voltar ao normal... Hoje vou dormir.
É necessário... Imperativo.
Essencial.
“l love you and all l want you to do is just.
Hold me… Hold me…”

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