segunda-feira, 31 de dezembro de 2012


O seu amor
Ame-o e deixe-o livre para amar
Livre para amar
Livre para amar

O seu amor
Ame-o e deixe-o ir aonde quiser
Ir aonde quiser
Ir aonde quiser

O seu amor
Ame-o e deixe-o brincar
Ame-o e deixe-o correr
Ame-o e deixe-o cansar
Ame-o e deixe-o dormir em paz

O seu amor
Ame-o e deixe-o ser o que ele é
Ser o que ele é

domingo, 30 de dezembro de 2012

"Acho que gosto mesmo de ser capricorniana, filha do tempo, diz a lenda que o tempo é gentil com a gente. Nasce velha e rejuvenesce  Cada ano que passa me sinto com mais talento pra alegria e paz de espírito. Talvez um pouco menos eufórica do que aos 20, mas também com angústias menos intensas, menos capazes de destruir o mundo."

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

run, boy, run


Run Boy Run
Run, boy, run
This world is not made for you
Run, boy, run
They're trying to catch you
Run, boy, run
Running is a victory
Run, boy, run
Beauty lies behind the hills

Run, boy, run
The sun will be guiding you
Run, boy, run
They're dying to stop you
Run, boy, run
This race is a prophecy
Run, boy, run
Break out from society

Tomorrow is another day
And you won't have to hide away
You'll be a man, boy !
But for now it's time to run,
it's time to run

Run, boy, run
This ride is a journey to
Run, boy, run
The secret inside of you
Run, boy, run
This race is a prophecy
Run, boy, run
And disappear in the trees

Tomorrow is another day
And when he night fades away
You'll be a Man, boy
But for now it's time to run,
It's time to run

Tomorrow is another day
And when he night fades away
You'll be a Man, boy
But for now it's time to run,
It's time to run

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

garatuja

sem exercício sonístico, uma dor de cabeça globo ocular solstício. um espaço dentro do tempo, pessoas aleatórias, algumas crianças. duas crianças, quatro crianças contando com a gente. um voz, um sorriso solstício. de repente um selo molhado, eu paro. todos dançando juntos como se fosse a última dança de seus corpos, eu não me contenho de céu na boca. sigo dançando a última dança de todas as estações e te encontro no acaso que a vida pede. é tanto riso que chega a brotar flores no estômago. 
o meu lábio não diz, o meu gesto não faz. 

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

sábado, 22 de dezembro de 2012

"amava e compreendia
cada vez mais as pessoas
e cada vez mais, no entanto,
percebia que devia isolar-se delas."

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

no sol de dezembro
eu quero seguir vivendo
por que não, por que não
por que não, por que não
não ter um amor.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

risomamos, ridentes para esrir!


Ride, ridentes!
Derride, derridentes!
Risonhai aos risos, rimente risandai!
Derride sorrimente!
Risos sobrerrisos - risadas de sorrideiros risores!
Hílare esrir, risos de sobrerridores riseiros!
Sorrisonhos, risonhos,
Sorride, ridiculai, risando, risantes,
Hilariando, riando,
Ride, ridentes!
Derride, derridentes!

a encantação pelo riso, Velimir Khlébnikov - 1910.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

aprender novamente a andar
a me mover de um lugar para outro.

Balayés mes amours,
avec leurs trémolos.
Balayés pour toujours
je repars à zéro...



Se todo alguém que ama
Ama pra ser correspondido
Se todo alguém que eu amo
É como amar a lua inacessível
É que eu não amo ninguém
Não amo ninguém
Eu não amo ninguém, parece incrível
Não amo ninguém
E é só amor que eu respiro
“todo mundo, em todos os instantes da vida, tem de sentir alguma coisa.”  nesse instante quero não sentir.

quando a maré encher

vou criar uma farsa essa noite:
eu sou a cássia eller
vou tomar um banho de sal
quando a maré encher.

eu nasci de perna bamba e minha escrita escorre suor

porra, o word me boicotando. eu querendo escrever “antes de mais nada”, e ele me sugerindo “antes de qualquer coisa”. porra, eu querendo escrever tudo minúsculo, e o word insiste em colocar a primeira palavra em letra maiúsculo. antes de mais nada, vou pegar meu caderno e escrever tudo de letra bem miudinha, bem do jeito que eu gosto. e que tudo mais vá para o inferno. 

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

pra ser subversivo queria eu não ser ser humano. queria eu não ter interesse sobre o outro. pra ser subversivo queria ver neguinho sambando em cima de si mesmo, queria ver não ser. pra ser subversivo queria eu ter nascido flor de sol que dar no inverno mais frio que dar no pé do ouvido de gente que tem fome de vida. pra ser subversivo queria eu ter bebido todos os vinhos do porto e ter ficado tão bêbada que diria tudo sem camadas. pra ser subversivo queria eu não ter nascido humana lascada, queria eu não estar aqui. pra ser subversivo eu bebo uma taça de vinho e vejo o mundo sem película, eu vejo o cu do mundo sem farsa, eu vejo a carne seca por cima do asfalto quente que somos, um bando de excremento que dar flor de sol por cima do abismo. pra ser subversiva queria eu não escrever nada e não ser entendida aqui nesse instante único entre eu a tecla do meu computador barulhento. queria eu ser subversiva ao extremo e mandar o mundo para a puta que o pariu na manjedoura de luz. pra ser subversivo só não sendo gente, ai, ai, ai, aiiiiiiiiiiiiii to sendo subversiva agora? pro cu do mundo eu também... 

maria geniosa

eu quero viajar a pé
eu quero andar a pé
eu quero voar a pé
eu quero amar a pé
eu quero comer a pé
eu quero cantar a pé
eu quero partir a pé
eu quero beijar a pé
eu quero ser sincera a pé
eu quero dormir a pé
eu quero criar essa farsa em pé sob a sombra do sol.

so I'm just gonna...


domingo, 9 de dezembro de 2012

choque anafiláctico


antes  doía não ter um amor. ai vem o tempo que tudo pode e é, e dilui o desejo. meu corpo abandonou o amor no passado, naquele passado em que o primeiro amor partiu pelo trilho da vida.
desde então, sou uma puta antiromântica social. uma mulher que no seu útero esconde amores platônicos. guarda amores que nunca existiram, senão na sessão intima projeção. 

Até parece máscara, ópera, víbora. Mas é só você.

sábado, 8 de dezembro de 2012

post quatrocentos de dezembro de dois mil e doze
vinte quatro é metade de quarenta e oito do futuro
trinta e dois, e já é nove de janeiro de dois mil e treze
ai, os vinte e quatro se aproximam rapidamente 
ai, é um passo para os vinte cinco 
que é metade de cinquenta 
que é metade de uma vida futura. 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012


O meu lábio não diz
O meu gesto não faz
Eu me sinto vazio
E ainda assim farto

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

bem vinda seja.


vida que cai em mim
bem vinda seja
nessa tarde que passa mansa
e despreocupada comigo

morte que cai bem
vinde em mim agora que sou
despreocupada comigo

essa tarde dourada que traz
felicidade pras pessoas normais
não me mente mais
essa tarde que esquenta minha barriga
por baixo da blusa preta
e meu umbigo envolvido nesse calor
se faz de morto
não sente nada
só vazio.
M: como é o não movimento?
C: a morte
   da carne
M: não dá pra ser 
     a morte da carne 
     também se movimenta 
     vira pó, terra, flores...
     me parece que o não movimento não existe.
C: é
     aaaaaaaaaaai
     que movimento: clausura.

minha irresponsabilidade é exercitar a irresponsabilidade.

em tempo de desistir de tudo
de não correr mais.