segunda-feira, 28 de maio de 2012

eu estou tartarugando, mas quero ganhar agilidade de um cavalo novo.


desconstrução
descontrole
desordem
generosidade

tecendo
tecendo
tecendo


bem distante e ao mesmo tempo perto. perto da minha dança, da minha dor, da alegria dela, da dança dela, da noite quente de meia Lua, perto da menina, longe do burburinho todo. um momento meu e da doida moça morena. nós duas distante da multidão ao som do menino moreno mistério. dançando de cabelo solto, de pés soltos, de vestido ao vento, criolando, sambando, abraçando, cheirando a noite, brincando no terreiro. 

sexta-feira, 25 de maio de 2012


me sentindo assim.
aaaaaaaaarrrrrrrrrrrrghhhhhhhhhhhhh!

T E R R A

alguns segredos revelados.
ontem foi um dia para tanta coisa. e eu queria lembrar de algumas frases e palavras, mas elas estão me dançando interiormente. me chegaram percepções que não cabem palavras agora pra dizer o que senti ontem, o que sinto pós-jokerpsique. eu sinto e isso é muito. e tudo bem, foda-se. só preciso de tempo para sentir o ar frio entrando pelos os meus pulmões e senti-lo sair quentinho.  devagar. saindo com elegância.

minha cara de Joker é assim : <>

Instruções para quando você receber o presente que tenho para te dar:

1. não existe regra;
2. escute essa música ao receber o presente ou para quando abri-lo. 

Sugestões:

1. o presente pode acompanhar a canção, se quiser. 

Ps: Isso tudo fará ou não sentido quando receber o presente. 

Boa viagem Coruja! 

quarta-feira, 23 de maio de 2012

... e t e m p o para Marcinha
um tempo de passos de (mu)danças, descobertas
criatividade, leveza, linhas, subversão,  r e l a x a m e n t o, c é u na b o c a
um t e m p o agora de abraços no céu do mundo.

sábado, 19 de maio de 2012

Lembra o tempo 
que você sentia
e sentir
era a forma mais sábia 
de saber
e você nem sabia?


Quando eu procuro demais um ‘sentido’- é aí que
não o encontro. O sentido é tão pouco meu como
aquilo que existisse no além. O sentido me vem
através da respiração, e não em palavras.
É um sopro.

um passarinho voou de dentro para fora. tempo tempo tempo.


E ao me eleger senti os dedos deslizarem sobre a pele lisa, arrepiei-me.
Respirei, respirei, respirei o tempo instante.
Subverti-me nua em toques e abraços.
Despi-me no meu tempo, um tempo agora de duração.
No tempo lento, suave, inconsciente, brutalmente visível.

É o tempo?
Ele anda passando a mão em mim.

... e tempo para voltar para casa.


Eu,

Essa carta compõe uma serie de (mu)dança, um presente presente  que se defende ágil e tranqüilo a mim mesma. Sim, esta carta é para mim. Escolhi me dar o abraço que nunca me dei. Escolhi me ver além do muro, além do que posso ver e entender. Resolvi nesses meus vinte e poucos anos fudido me sentir inteira... Os seios, a barriga, o cabelo, a buceta, a boca, o corpo inteiro... Inteiramente me terei em abraços... Liberdade. Serei sim os abraços que sempre remediei em me dar.  Serei o sorriso finalmente largo que escondi atrás dos dentes rangentes. Serei a mulher que nunca me vi ser... Vestirei-me nua, toda nua a mim mesma. Só assim poderei me arriscar no mundo, quem sabe no outro. E só assim “um dia virá em mim à capacidade tão vermelha e afirmativa quanto clara e suave. Um dia o que eu fizer será cegamente, seguramente, inconscientemente visando em mim, na minha verdade, tão integralmente lançada no que fizer, que serei incapaz de falar. Sobretudo um dia virá, em que todo o meu movimento será criação, nascimento. Eu romperei  todos os não que existem dentro de mim, provarei a mim mesma que nada há a temer, que tudo que eu for será sempre onde haja uma mulher com o meu princípio. Erguerei dentro de mim o que sou. Um dia a um gesto meu minhas vagas se levantarão poderosas, água pura submergindo a dúvida, a consciência. Eu serei forte como a alma de um animal e quando eu falar serão palavras não pensadas e lentas, não levemente sentidas, não cheias de vontade e de humanidade, não o passado correndo o futuro. O que eu disser soará fatal e inteiro. Não haverá nenhum espaço dentro de mim para eu saber que existe o tempo, os homens, as dimensões. Não haverá nenhum espaço dentro de mim para notar sequer que estarei criando instante por instante, não instante por instante. Sempre fundido, porque então viverei, só então viverei maior do que na infância, serei brutal e mal feita como uma pedra, serei leve e vaga como o que se sente e não se entende. Me ultrapassarei em ondas. Ah, Deus. E tudo que cabe e venha sobre mim, até a incompreensão de mim mesma em certos momentos brancos. Porque basta me cumprir. E então, nada impedirá meu caminho até a morte sem medo de qualquer luta ou descaso, me levantarei, forte e bela, como um cavalo novo.” E então, nada me impedirá. 


Um tempo agora de lembrança ou quanto 
tempo dura um abraço, Alamedas Céu na Boca.
Uma  livre  apropriação do livro Perto do
coração selvagem de Clarice Lispector.
Brasília, maio de 2012 ou um tempo agora de (mu)dança. 



segunda-feira, 14 de maio de 2012

existem pessoas incríveis nesse mundão de subjetividades tão diversas.
depois de tanto tempo sem escrever uma carta no papel os dedos parecem  brigarem com as palavras que surgem... mas essa carta não será escrita aqui, vou namorar o papel antes de lhe enviar meu abraço astronômico não-dado.

terça-feira, 8 de maio de 2012

ALAMEDAS CÉU NA BOCA

vou répétition

um, dois, três, quatroooooooooo

com gosto de dança no céu da boca.

eu preciso de um tempo com(igo) você...
um tempo agora de lembranças
abraços, muitos abraços
de tempo grande
pequeno, leve
...tempo, tempo, tempo, tempo, tempo...
geléia, goiaba, banana
eu preciso de tempo para cometer erros
algo assim que bate na porta do estômago
... e te causa certa desordem, vertigem
eu  preciso  de tempo para amar
tempo para decidir
tempo para experimentar
ainda quero ver o tempo passar nos meus filhos...
tempo de carinho na barriga
eu preciso de tempo para ser pequena
eu preciso de tempo para ser gente grande
eu preciso de um tempo para suspender o tempo
... tempo casa comigo essa noite?
onde existe várias noites dentro da noite
onde existe vários tempos dentro de você
casa comigo
e leva comigo esse abraço...

Ah Letrúcia, mil e uma noites de amor com você


a gente só é feliz na medida que tenta
e só chora no metro onde se esconde

Oh Hilda, mil e uma noites de amor com você


Ama-me. É tempo ainda.
Interroga-me.
E eu te direi que o nosso tempo é agora.
Esplêndida avidez, vasta ventura.
Porque é mais vasto o sonho que elabora
Há tanto tempo sua prôpria tessitura.
Ama-me. Embora eu te pareça
Demasiado intensa. E de aspereza.
E transitória se tu me repensas.

(...)


Eu te pareço louca?
Eu te pareço pura?
Eu te pareço moça?
Ou é mesmo verdade
Que nunca me soubeste?

A memória de nós. É mais. É como um sopro
De fogo, é fraterno e leal, é ardoroso
É como se a despedida se fizesse o gozo
De saber
Que há no teu todo e no meu, um espaço
Oloroso, onde não vive o adeus.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

domingo, 6 de maio de 2012