sexta-feira, 30 de agosto de 2013

quando ela fala, é como seu entendesse o que  é de entre nas palavras dela. mas na verdade, eu nunca chego próximo de um entendimento que nos aproxima. é por que entre nós, na verdade em mim sempre houve um medo. e pensando um pouco profundo, ela sempre quis que eu me arriscasse em direção a ela, eu nunca me arrisquei no abismo dela da forma que ela queria, se é que isso seja assim. por que no fim dos fatos relativos a perspectiva é toda minha. tai uma coisa que eu tenho medo, medo que tudo seja coisa da minha cabeça que não sabe entender os entres dela.

mas eu preciso dizer, que sim, existe um amor que eu carrego, ainda que escondido no escuro de mim. esse amor me faz melhor e pior, mas eu prefiro colher com as minhas mãos o que é de bom entre o meu “eu” e o “eu” dela. por que dentro de mim não existe mais o buscar esse amor, existe o deixar ir-vento.  
uma vez um amigo meu me disse que eu era a revolucionária mais tradicional que ele conhecia. no momento que escutei essa frase senti um pesar por mim, mas hoje consigo perceber outros espaços.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

conheci uma menina que falava baixo
bem pequeninho, tinha uns olhos grandes
que escondia um mar de dor
tão jovem que era parecia ter fome nos olhos
seu nome é vitória, mora na invasão da L4 norte
estuda no plano piloto,  pede um salgado
um suco de laranja pra matar a fome
que a vida lhe proporciona. 

terça-feira, 20 de agosto de 2013

quand le temps va et vient

quanto a mim, assumo a minha solidão.

"e eis que sinto que em breve nos separaremos. minha verdade espantada é que eu sempre estive só de ti e não sabia. agora sei: sou só. eu e minha liberdade que não sei usar. grande responsabilidade da solidão. quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama. quanto a mim, assumo a minha solidão. que às vezes se extasia como diante de fogos de artifício. sou só e tenho que viver uma certa glória íntima que na solidão pode se tornar dor. e a dor, silêncio. guardo o seu nome em segredo. preciso de segredos para viver."

el mundo según mafalda



domingo, 11 de agosto de 2013

aquela pausa que é um respiro no momento de uma compreensão. é o que sou agora, uma pausa acompanhada de um aperto no peito por saber um pouco de tudo que me aproxima do nada. e por me aproximar desse tudo que é nada que me aproximo um pouco mais de mim, quem sabe de deus. será? deus é um mistério que habita dentro da gente. eu queria ter a acalmaria pra entender essas pausas diárias que me chega em silêncio. queria não ter uma insegurança do tamanho do céu que me cobre. mas se é assim que caminho sobre essa terra seca coberta de flores, me trabalho ou me vendo na primeira curva. uma pausa controlada agora cairia bem agora, quando o coração acelera de uma maneira descontrolada. da um medo perto dele – o coração –, é um sopro da vida. às vezes eu sinto que vou desaparecer. aqui eu paro, pois o fluxo que me motivava se esvaiu dos meus pensamentos, e ponta dos meus dedos afundam de outra maneira diferente nessa máquina que afasta cada vez mais do outro. e por fim, pareço continuar seguindo um fluxo que apareceu no instante. esse vômitos de instante segredo que desenha uma vida na minha frente. desenha uma memória. que vem em forma de céu azul numa despida que tive ao ver o rafa partir. uma memória e um grito meu de longe perguntando se ele tinha visto o céu um pouco antes de nos encontrar. ele apontou para o céu e perguntou se era aquele. eu respondi que sim e parti, errando novamente a parada de ônibus. agora sim posso parar, agora a fluidez quer um fim para dormir na calmaria de uma verdade que não é verdade até a próxima desconjutura dos ossos. 

quarta-feira, 7 de agosto de 2013


tudo e tanto. tudo e nada. nada e tudo. nada. tudo é nada?
nem que eu atine todos os pensamentos profundos, eu terei essa resposta.
não consigo expressar em palavras, mas eu sinto aqui perto do peito um tanto tudo que não tem limite. e se alguém encostar o ouvido no meu peito, será?
eu tenho medo. medo de que um dia meu coração exploda de vez, ele anda acelerado de uns tempo pra cá, vire mexe suplica o que não tem medida.
nada. 

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

é saudade e é um tanto de outras coisas

preguiça que eu tive de vim, mas eu vi mesmo assim, que é pra trabalhar os padrões. escrevo que é pra lembrar de um instante (in)certo com uma possível incerteza, no próximo instante devir a vim, a mim.
eu sinto saudade e amor na mesma proporção esquecimento, e um belo dia ele virará saudade de ilha. é tudo tanto nesses últimos dias de partida que sinto que vou engolir cada centímetro da minha carne em direção ao nada.
escrevo que é pra lembrar daqui uns dez anos de tudo isso que se chama partida, um desapego, um volte logo assim se o acaso quiser retroceder.
escrevo porque é assim que eu me sinto agora, um pouco mais cansada e acreditando na sorte-amor. é esperança, salve!
acho que é isso, e se não for isso, prefiro que seja, se assim for o melhor.
acabei de deitar na cama dela, e sentir o cheirinho forte dela. é por isso que estou aqui, relembrando um tempo que partiu pro tempo. é a vida que não depende de mim, e que depende de todos nós.
os céus que me cobrem como num silêncio ao contrário, eu vou dar um tempo até o próximo despreparo querendo a paz em mim. a calmaria de que agora seja mais leve cada despreparo bebido de instante.  
e que bom que não, apaguei umas três vezes o que eu ia escrever agora. simples assim com muito desespero. e olha que tudo isso era para falar da saudade cheia de memória, e eu não me presto mesmo, queria ter a acalma sem rancor... é o que eu sou, ou me trabalho, ou me afogo de vez.
ainda bem que comecei logo cedo a escrever sobre esses últimos momentos com sua partida, cada pedacinho do dia foi um momento para lembrar a sua presença pela casa, nas pessoas, na cidade, em mim, no vento, sobretudo no vento. vento combina com suas altitudes.
lembrei sobre a necessidade de me lembrar todos os dias que não estou mais sozinha, estamos juntos na cidade segurando a mão do outro nessa solidão de mãos dadas que somos. lembro agora daquele rapaz maravilhoso que entorpece com sua presença, e que sempre estamos apaixonadas por ele. ele se chama amor, é o mais próximo que consegui chegar nesse momento para não defini-lo com precisão.

peguei um copo d’água pra ajudar no trible do sono e do tédio de tudo isso, eu acho que entendo e não entendo o próximo tempo, um atrás do outro. 

é tudo tempo, não tem jeito não.