terça-feira, 26 de abril de 2011

Virei exposição de arte! sahshashahs



Lambe lambe e fotos por Alexandra Martins Costa (meu algodão doce)
ps: coloquei créditos pra ela não brigar comigo.

domingo, 24 de abril de 2011

É doce morrer no mar.























Aula de Inquietação



Quem já assistiu a uma Aula de Inquietação?  Um movimento para reflexão, um espaço para reflexão do pensamento.  Todos os anos acontecem aulas de inquietação na UnB, onde convidados são chamados a desenvolverem suas inquietações. Esse ano foram convidados o escritor Eric Nepomuceno e o músico e professor da Universidade de São Paulo, José Miguel Wisnik.

O Teatro Arena na UnB estava lotado de pessoas que se inquietam. A grande maioria eram alunos do Marista e em pequena quantidade os alunos da UnB. Uma triste realidade não ver em peso alunos na UnB num espaço para reflexão em suas várias formas. Não tinha lousa, giz, cronograma, não tinha pauta, o pensamento fluía sem recriminação. Quem tinha boca joga para mundo sua inquietação.

Deveria ter aula de inquietação todos os dias, ou pelos menos, que as pessoas se expirassem mais a refletir sobre o mundo. Percebi que estando dentro de uma universidade, tenho mais liberdade em expressar meus anseios, minhas inquietações sobre o mundo que me cerca. Quando se é jovem a gente tem mais tempo pra questionar. Em umas de suas falas Nepomuceno disse que a juventude é a principal arma que pode existir. Nós jovens temos a capacidade do assombro, de querer conhecer mais, temos a curiosidade a flor da pele. Os sonhos da juventude não podem serem esquecidos ou guardados na gaveta mental.  “Nunca sejam traidores de seus sonhos de juventude”, inquietou-se Nepomuceno.

Sempre me assombrei em querer saber todas as respostas. Mas agora eu acredito mais nas perguntas do que nas respostas, assim como Eric. Quando mais me alimento do mundo mais tenho questionamentos. E hoje, eu sei que não terei todas as respostas que preciso. Já não me preocupo se não sei por quê.  E tudo bem, porque eu continuo acreditando no poder do conhecimento.

Duas pessoas completamente diferentes se reúnem para Aula de Inquietação, Eric Nepomuceno e José Miguel Wisnik. Em umas das suas primeiras falas Eric fala que não acreditava em inspiração, logo depois Miguel argumenta que acredita em inspiração quando se permite a troca. O curioso dessa aula que não há certo e o errado, todos temos nosso pontos de vista. Não temos só um canal de conhecimento. As intuições, as experiência ao longo da vida, também, são formas de conhecimento.

O que me (te) inquieta? Mais uma pergunta para minha listinha de reflexões. Qual o papel que temos que desenvolver? O que tenho a oferecer ao mundo?  São tantas perguntas que ficaram...

Outro desespero que foi por água abaixo foi minha desconfiança com a incerteza.  “Não confio na certeza eu confio é na incerteza”.   A gente aprende com o outro também. O conhecimento se amplia em coletivo. Por isso que eu digo aprender é mais que estudar. Eu aprendo vivendo e refletindo.

Um momento para guardar na memória, foi quando Miguel cantou sua composição que fez com o lendário José Celso Martinez Corrêa, conhecido como Zé Celso.

“A primavera é quando ninguém mais espera
A primavera é quando não
A primavera é quando do escuro da terra
Acende a música da paixão
A primavera é quando ninguém mais espera
E desespera tudo em flor
A primavera é quando acredita
E ressuscita por amor
A primavera é quando espera
A primavera é quando não
A primavera é quando do escuro da terra
Acende a música do tesão.”

É inegável que o conhecimento é a nossa arma contra a alienação. Por isso não entendo como uma aula de inquietação não esteja à comunidade acadêmica em geral.  Da minha turma de logística só foi eu e a professora. Levei falta nas demais aulas, mas aprendi mais do que  nas aulas maçantes do sistema brasileiro de educação.  Me pergunto porque os jovens da atualidade são tão omissos? Não sei se é o mecanismo, o sistema, o consumismo, ou os próprios jovens que não reconhecem o poder que possuem em questionar sobre as coisas. Vamos nos inquietar mais, questionar mais!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Reprise

Ludov de manhã é a solução. Suas letras são tão verdadeiras. Amo muito. #ficaadica 
Controlar o seu destino
como quem relê um livro velho
Não sei se é o melhor
esses capítulos reais, amiga
não reprisam mais
Já passou ao vivo, em cores,
em perfume e som
A vida é um pouco uma transmissão
pra quem captar os seus sinais
pra quem for muito perspicaz
Ah, solte um pouco o freio
deixe de receio
encare mais os fatos
sirva ainda frio seu coração
Seu fogo não se espalha
Excesso de razão
é como opinião
Se não ajuda, atrapalha
Planejar é um tipo de mentira
É jogar no faz-de-conta
de daqui a um mês
Prever os créditos finais
parando pros comerciais
Muita espera dá em nada
quando chega logo passa

terça-feira, 12 de abril de 2011

Vezenquando me encontro sozinha, ouvindo essa canção. É que nunca me cansei de sentir, sonhar, juntar cada canção procurando um sossego. Um que pare com toda essa disritmia atabalhoada. 

"Guardo seu nome em segredo. Preciso de segredos para viver."

segunda-feira, 11 de abril de 2011

De lá pra cá não sei. De lá pra cá não sei. De lá pra cá não sei. De lá pra cá não sei. De lá pra cá não sei. De lá pra cá não sei. De lá pra cá não sei. De lá pra cá não sei. De lá pra cá não sei. De lá pra cá não sei. De lá pra cá não sei. De lá pra cá não sei. De lá pra cá não sei. De lá pra cá não sei. De lá pra cá não sei. De lá pra cá não sei. De lá pra cá não sei. De lá pra cá não sei. De lá pra cá não sei. De lá pra cá não sei. De lá pra cá não sei. De lá pra cá não sei. De lá pra cá não sei. De lá pra cá não sei. De lá pra cá não sei. De lá pra cá não sei. De lá pra cá não sei. De lá pra cá não sei. De lá pra cá não sei...

A BARBÁRIE E A METÁFORA

por Diego Rodrigues

Doze crianças foram brutalmente assassinadas. O país inteiro se comove. Há, nessas horas, uma rara união do povo, um consenso, ainda que muito efêmero. Solidarizamo-nos com a dor daqueles que perderam os filhos e concordamos na condenação ao ato de barbárie. Mas, infelizmente, esse lapso de solidariedade é estéril, não se propaga em ações de efeito duradouro, não produz mudanças concretas nas condições que tornaram possível a tragédia. Essa comoção nasce de uma pulsão, de um afeto, de uma paixão. Somos arrebatados pela vontade de acabar com esse mal pela raiz. Aí é que a miopia desse sentimento, absolutamente legítimo, nos impede de prosseguirmos com o lento, mas sustentável, processo de transformação da sociedade por meio do saber. O ódio, a vingança, a raiva, a tristeza são inerentes à condição humana, mas são pouco propícios à produção de uma sociedade menos violenta. O homo sapiens sapiens inventou a palavra e o símbolo e isso não é pouca coisa, isso não pode ser esquecido. No símbolo reside a alternativa à violência explícita: a metáfora. Faço psicologia porque acredito que ela propõe espaços e reflexões propícios a metaforizar nossas angústias. Porque ela permite que pensemos uma maneira de superar a barbárie. As reflexões sobre a natureza humana, sobre a organização do psiquismo, sobre o comportamento e suas motivações são justamente os alicerces para essa alternativa. Falar sobre a subjetividade só tem relevância porque é uma categoria que se presta a problematizar episódios concretos ampliando nossa capacidade de pensar sobre eles e, portanto, ampliando nossa capacidade de propor soluções para eles. Justamente, são esses episódios de grande repercussão os que despertam o que nossa sociedade tem de mais intolerante, preconceituoso e violento na concepção do ser humano, por isso, são eles que exigem um posicionamento claro. A gente não pode simplesmente tirar o corpo fora. Ou então, me pergunto, pra que serve o conhecimento psicológico? Pra chancelar o preconceito? Pra reafirmar as visões reducionistas do senso comum? Acredito que a psicologia tem a obrigação ética de pensar justamente sobre esses fenômenos. Temos a responsabilidade social, tanto de oferecer um espaço terapêutico de acolhimento aos familiares e amigos das crianças para que possam falar a partir de seus sofrimentos, quanto de investigar a tragédia em toda sua complexidade. Tentar compreender esse rapaz não é uma maneira de redimi-lo, contextualizar suas ações não é uma maneira de justificá-lo. Muito pelo contrário. Enquanto, movidos pelas paixões, gritam por sangue, classificam-no de monstro, de desumano, nós devemos tentar entender como funciona essa sociedade que produz esse tipo de tragédia, produz seres humanos capazes de atos como esses. Sim, seres humanos, no plural, na diversidade de possibilidades, das mais generosas às mais vis. Quando digo que a sociedade produz não quero dizer que a sociedade é culpada pelos atos praticados em seu seio, mas tampouco pode ser excluída da compreensão do que nela se manifesta. Porque agora é a hora de lembrar as nossas reflexões, as nossas discussões e marcar uma posição clara: o ato da violência é condenável, mas é humano, é social, por isso merece que pensemos muito sobre ele, tentemos entender sua genealogia. Ou achamos realmente que há outro caminho para a superação da barbárie que não passe pelo saber, pela reflexão? Infelizmente, é um percurso árduo e lento, mas não vejo outro capaz de melhorar nossas práticas, de diminuir o sofrimento, de produzir meios alternativos à violência para expressar o amplo espectro de pulsões que constituem o ser humano.

My heart belongs to Folk Heart!

domingo, 10 de abril de 2011

Melancholia

Quando eu já não sei.

Não ter tempo para digerir as reflexões é castrador. Tô aprendendo tanto sobre mim, sobre o mundo, sobre a influência do meio externo. Mas são tantas informações que minha cabeça parece que vai explodir. Não tô tendo tempo pra respirar, botar minha cabeça no travesseiro e pensar como foi o meu dia. O cansaço impõe seu poder sobre meu corpo calejado.
Peguei três matérias na faculdade na área de psicologia. Isso tá me fazendo crescer e envelhecer um ano por dia. Compreender sobre o meu comportamento e o comportamento do ser humano é ao mesmo tempo fascinante e assustador. Ultimamente ando muito raivosa com o ser humano, comigo e com o sistema filha da puta de ensino no Brasil.
Passei a minha vida toda me considerando a pessoa mais burra desse mundo.  Incapaz de expor minha opinião. Incapaz de aprender o que me era “imposto na escola”. E hoje, percebo que as coisas mais importantes que aprendi não foram dadas em uma sala de aula.
O sistema educacional molda uma forma de aprendizagem castradora. Uma replicação de erros. A sociedade replica, replica, replica, molda, molda, subjuga, cria padrões idiotas de massificação.
Venho pensando que o ensino ideal ou se é que ele existe, parece ser ilusório. É logisticamente complicado abarcar as subjetividades dos indivíduos. Como equilibrar as diferenças?  Como equilibrar as subjetividades alheia?  Eu não tenho resposta pra isso. Venho aqui refletir sobre, mesmo não tendo tempo de assimilar da maneira que eu queria e deveria.
Na escola eu queria ser respeitada pela minha diferença. Eu queria ser notada naquela sala entupida de alunos. Eu queria ter tido voz pra expressar o que eu senti. Eu queria ter ido naquela passeata pela paz, mas eu era insociável demais, era um risco pro coleguinhas. Eu bati pra me defender. Emudeci e fui emudecida... Caralho, o papel do educador é extremamente complicado e arriscado. Não tô aqui pra botar a culpa dos meus problemas mentais sobre o mundo ou sobre o ensino, eu só quero compreender porque o ser humano é algoz de si mesmo.
Tive que crescer pra compreender o que passei na infância.  Não quero que meus filhos passem pelas mesmas amarras que passei. Tenho medo de colocar mais um ser do mundo...
Não tenho toda propriedade do mundo pra falar sobre isso, mas tô me permitindo expor minha opinião. Mesmo que doa. Mesmo que esteja errada, mas como não feitas de verdades únicas, estou aqui mais é pra aprender, PORRA. Eu quero mais é botar minha boca no mundo.
Venho pensando muito na contradição humana... Mas por hoje é isso. São questionamentos demais pra assimilar... MEU PEITO DOE. 

Reconhecer o fim.

É muito estranho... as lágrimas secaram... tão fácil... certas lacunas não existem mais. não sei... não tô sentindo mais nada... amanhã será um novo dia... tempo, tempo, tempo...  "o tempo é um amigo precioso que faz questão de jogar fora aquela mágoa vencida que ficou..." um dia você acorda e volta a lê seus livros esquecidos na gaveta, volta a caminhar sozinha... de repente já não há mais você em mim. 

domingo, 3 de abril de 2011

Mudança de direção.

É muito estranho... Desde ontem as lágrimas secaram. 
Tão fácil... Parece que certas lacunas não existem mais.
Não sei... Não tou sentindo nada. 
Eu sofro de nada... E ainda não sei do dia de amanhã.
Insônia... Queria um chocolate quente.
Tá tão frio... Ouço essa música...
Precisamente... 140 vezes.
Música reconforta a dor...
Amanhã é mais um dia…
Preciso dormir… Tempo, tempo seja meu amigo.
Tempo, tempo, tempo...  “O tempo é um amigo precioso 

que faz questão de jogar fora aquela mágoa vencida que ficou.”
Acho que tôu sentindo..
.
Chega!
Vou mudar de música…
Quero sair daqui... Quero minha cama.
Meus livros... Meus discos.
Meu joelho... É essa posição desconfortável.
Com o tempo os joelhos... Não funcionam mais.
Não tenho paciência... Queria ter paciência.
“Tudo sobra em mim... Ao mesmo tempo não há nada em mim.
Nem ninguém... Eu sofro de nada e de ninguém”.
Ai, que vontade de urrar... Rasgar a roupa e gritar até suar.
Até quebrar tudo... Derrubar prédios... Vitrines.
Estourar copos de cristal... Lá do outro lado da cidade.
Gritar um “foda-se” pro mundo... Foda-se.
Foda-se você... Foda-se seu egoísmo.
Foda-se... Foda-se.
Que besteira...
A vida é muito mais fácil... Quando você definha sozinha...
Merda... De joelhos.
Eu sou o coelhinho da Alice... Me enfiando na toca e caindo no buraco.
Chega... Vou dormir.
Mesmo com dor... Mesmo sem sono.
Vou me deitar... Na cama.
Amanhã tudo vai ser diferente... Hoje vou dormir.