domingo, 10 de abril de 2011

Quando eu já não sei.

Não ter tempo para digerir as reflexões é castrador. Tô aprendendo tanto sobre mim, sobre o mundo, sobre a influência do meio externo. Mas são tantas informações que minha cabeça parece que vai explodir. Não tô tendo tempo pra respirar, botar minha cabeça no travesseiro e pensar como foi o meu dia. O cansaço impõe seu poder sobre meu corpo calejado.
Peguei três matérias na faculdade na área de psicologia. Isso tá me fazendo crescer e envelhecer um ano por dia. Compreender sobre o meu comportamento e o comportamento do ser humano é ao mesmo tempo fascinante e assustador. Ultimamente ando muito raivosa com o ser humano, comigo e com o sistema filha da puta de ensino no Brasil.
Passei a minha vida toda me considerando a pessoa mais burra desse mundo.  Incapaz de expor minha opinião. Incapaz de aprender o que me era “imposto na escola”. E hoje, percebo que as coisas mais importantes que aprendi não foram dadas em uma sala de aula.
O sistema educacional molda uma forma de aprendizagem castradora. Uma replicação de erros. A sociedade replica, replica, replica, molda, molda, subjuga, cria padrões idiotas de massificação.
Venho pensando que o ensino ideal ou se é que ele existe, parece ser ilusório. É logisticamente complicado abarcar as subjetividades dos indivíduos. Como equilibrar as diferenças?  Como equilibrar as subjetividades alheia?  Eu não tenho resposta pra isso. Venho aqui refletir sobre, mesmo não tendo tempo de assimilar da maneira que eu queria e deveria.
Na escola eu queria ser respeitada pela minha diferença. Eu queria ser notada naquela sala entupida de alunos. Eu queria ter tido voz pra expressar o que eu senti. Eu queria ter ido naquela passeata pela paz, mas eu era insociável demais, era um risco pro coleguinhas. Eu bati pra me defender. Emudeci e fui emudecida... Caralho, o papel do educador é extremamente complicado e arriscado. Não tô aqui pra botar a culpa dos meus problemas mentais sobre o mundo ou sobre o ensino, eu só quero compreender porque o ser humano é algoz de si mesmo.
Tive que crescer pra compreender o que passei na infância.  Não quero que meus filhos passem pelas mesmas amarras que passei. Tenho medo de colocar mais um ser do mundo...
Não tenho toda propriedade do mundo pra falar sobre isso, mas tô me permitindo expor minha opinião. Mesmo que doa. Mesmo que esteja errada, mas como não feitas de verdades únicas, estou aqui mais é pra aprender, PORRA. Eu quero mais é botar minha boca no mundo.
Venho pensando muito na contradição humana... Mas por hoje é isso. São questionamentos demais pra assimilar... MEU PEITO DOE. 

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