sábado, 25 de maio de 2013


tenho me sentido tão patética, tão irreversível do que já sou e posso sentir. e não é isso que somos? um poço de nada que cria mundos visíveis e invisíveis? e em falar sobre o invisível, tem uma mão pesada sobre minhas costas nesse exato momento. ela aperta meus músculos.
o tempo é e existe. eu sou e inexisto. inexisto quando compreendo sobre o fio fino que sou. um grão perdido no abismo da vida. em falar em abismo, me sinto um abismo denso. peso mais que um grito para dentro. meus dentros não são mais dentros que os dentros dos outros. somos todos farinha do mesmo saco no fim. somos todos matéria nada, átomos que nunca se completam. eu nunca entendi. se somos átomos que não se tocam dentro da gente, porque temos a mesma forma, os mesmo rosto patético? acho esse pensamento sem pé e nem cabeça, mas necessito falar sobre nadas. 

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