domingo, 29 de novembro de 2015

Não quis cumprir o que tinha estabelecido pra si mesma. Então, levada pelo toque sutil do amor se deixou levar pelo dia de chuva, cama e arrepios de pele. Deixou-se pegar em chamas como um tambor que bate no peito e aquece o coração. Passou o dia inteiro nos braços do seu mais novo amor. Aquele amor que demorou uma vida inteira para acontecer e quando menos imaginou lá estava ela abrindo a porta de casa sem pedir permissão para entrar. Assim, ela entrou na vida da menina que se escondia do mundo debaixo da cama. Desde que ela entrou na casa, o amor, a menina resolveu descosturar cada ponto de linha do corpo. Desde então, ela parou de fugir das avalanches da vida, sobretudo, do amor. Hoje, ela acordou com um pouco mais sem controle das coisas. As coisas... A vida... Dormiu e acordou nos braços de um amor que a cada dia lhe ensina que é preciso ter coragem para caminhar nesse mundo de mudanças. Hoje, elas olhando uma para outra, olhando para o semblante e para o mistério uma da outra, deixaram-se que as lágrimas corresse no mesmo rio, um rio sem margem. Chorou-se tanto que a casa não era mais feita de concreto e de cinzas, mas de água vindo de seus corpos. Quando a lágrima uma da outra caiu sobre seus olhos nada mais precisou ser dito.

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