terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

“turvo turvo / a turva / mão do sopro / contra o muro / escuro / menos menos / menos que escuro / menos que mole e duro / menos que fosso e muro: menos que furo / escuro / mais que escuro: / claro / como água? como pluma? claro mais que claro claro: coisa alguma / e tudo / (ou quase) / um bicho que o universo fabrica e vem sonhando desde as entranhas / azul / era o gato / azul / era o galo / azul / o cavalo / azul / teu cu //”
Ferreira Gullar, Poema Sujo

Nenhum comentário:

Postar um comentário