terça-feira, 17 de maio de 2011

Experiência com Cibelle



Dia quatorze de maio de dois mil e onze é um dia que ficou registrado no meu coração, na minha alma, no meu corpo. O show “experiência” com a Cibelle, ainda reverbera em meus átomos. Em lembrar aquela noite sinto meu corpo livre, entregue a múltiplas sensações. “Vem que o mundo é bom... não têm medo não.”.Entreguei-me ao um gozo sem sexo, um gozo pleno experimental. “Sexo. Afago. Kamikaze”.

Se eu senti tudo isso, não consigo entender como o público blasé de Brasília não se sentiu tocado de alguma forma com a experiência “diferenciada” com a Cibelle. Digo por mim e por mais algumas pessoas que estavam comigo naquele quatorze de maio, impossível não sair sensibilizado do show “experiência” com a Cibelle, a mulher selvagem que me apaixonei. E sem moralismos, me apaixonei pela essência psicodélica de La Sonja, a criatividade, irreverência, beleza, voz..

Enquanto cada centímetro do meu corpo flua e dançava no terreiro os blasés pebas de Brasília faziam poses “eu sou cuts”. Observam apáticos, passivos. Incomodo-me muito com o público cultural de Brasília, eles são caretas demais pra gritar um GOSTOSAAA como eu fiz a Cibelle. E ela retribui dizendo: “gostosa é você”. Tudo bem ela não saber quem sou, mas o que vale é atenção, a troca com o público. Sério morri nessa experiência orgástica sem sexo, sem nexo experimental musical.

Música é algo que me movimento por inteira, alma/mente e corpo. E foi isso que a mulher raio, mistura de Maria Bethânia com Björk e Lady GaGa me proporcionou. Por isso, vivenciei uma experiência com a Cibelle, não fui ao um show musical. Senti-me provocada, me inquietei demais pra não sentir nada.

Penso que deve ser extremamente frustrante para um artista mover todos os esforços pra provocar seu público e, eles uma cara só de carne apáticos. Pra mim é questão de sentir ou não sentir. Só tenho que agradecer a Cibelle, La Sonja pela experiência psicodélico-orgástica que me proporcionou num quatorze de maio de dois mil e onze. Agradecer pela plenitude que senti. Diga-me mulher que energia você tem pra me tocar assim? Sua lindaaaaaaaaaa.   

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