segunda-feira, 8 de outubro de 2012


e o que fica no meio? e parte do que é todo? e sobre a fala cortada antes de ser toda dita para onde é que vai parar? onde mesmo foi parar aquela memória que eu tinha de quando... onde mesmo é fio? o fio não da navalha, mas o fio de vida que te conecta a outras vidas? de onde se percebe a beira com toda clareza da infância, quando o se jogar é sem medida e sem medo. que ponto é esse da coragem que a gente perde com o passar do tempo que se passa a todo tempo que é tempo? que palavra é mesmo aquela difícil que aprendi e não decorei, e anotei no caderno? onde foi parar meu caderno do ano de 1998? que tipo de traço eu tinha se hoje a freqüência é outra? quais eram as perguntas daquele tempo em que eu não imaginava que o mundo era tão grande? e o que é hoje? e o que é hoje que precisou de ontem? que terra foi aquela que eu pisei ontem e enchi a sola do meu tênis de história? que noite foi aquela de ontem que a noite era mais clara do que ela costuma ser? quem era você no domingo se terça  feira você parece ser outra? e o silêncio? ele que é inicio para algo. que coisas são essas que carregamos todos os dias? um amontoado de coisas. posso partir agora? posso colocar em prática aquele plano de fugir e nunca mais voltar? lembra que sempre eu digo que dessa vez e não da outra vez eu vou cortar o meu cabelo? pois, então, cheguei na nunca. me convenci nunca parar, e aqui estou, um pouco mais velha nos meus vintessauros anos. o que foi mesmo o inìcio se toda hora pode ser outro início? devo colocar uma pausa agora pra desafogar o pensamento? e se e eu não der crédito pra o “e se”? e se à meia-noite o sol raiar? e se uma chuva amarela de flores cair? e se eu convindá-la para dançar? e se ela ficar assim, assim como sempre fica comigo? e se eu mandar aquela carta escondida? lembrei. já lhe enviei a muito tempo. e o fim de um caminho? e os vários fins que teremos ao longo da vida? e se eu abrir a janela agora? e se eu recuperar a ossatura dos quinzessauros anos? e se eu parar agora? apenas será uma escrita sem fim que não teve um inicio lógico dentro de mim. 

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