sexta-feira, 2 de agosto de 2013

é saudade e é um tanto de outras coisas

preguiça que eu tive de vim, mas eu vi mesmo assim, que é pra trabalhar os padrões. escrevo que é pra lembrar de um instante (in)certo com uma possível incerteza, no próximo instante devir a vim, a mim.
eu sinto saudade e amor na mesma proporção esquecimento, e um belo dia ele virará saudade de ilha. é tudo tanto nesses últimos dias de partida que sinto que vou engolir cada centímetro da minha carne em direção ao nada.
escrevo que é pra lembrar daqui uns dez anos de tudo isso que se chama partida, um desapego, um volte logo assim se o acaso quiser retroceder.
escrevo porque é assim que eu me sinto agora, um pouco mais cansada e acreditando na sorte-amor. é esperança, salve!
acho que é isso, e se não for isso, prefiro que seja, se assim for o melhor.
acabei de deitar na cama dela, e sentir o cheirinho forte dela. é por isso que estou aqui, relembrando um tempo que partiu pro tempo. é a vida que não depende de mim, e que depende de todos nós.
os céus que me cobrem como num silêncio ao contrário, eu vou dar um tempo até o próximo despreparo querendo a paz em mim. a calmaria de que agora seja mais leve cada despreparo bebido de instante.  
e que bom que não, apaguei umas três vezes o que eu ia escrever agora. simples assim com muito desespero. e olha que tudo isso era para falar da saudade cheia de memória, e eu não me presto mesmo, queria ter a acalma sem rancor... é o que eu sou, ou me trabalho, ou me afogo de vez.
ainda bem que comecei logo cedo a escrever sobre esses últimos momentos com sua partida, cada pedacinho do dia foi um momento para lembrar a sua presença pela casa, nas pessoas, na cidade, em mim, no vento, sobretudo no vento. vento combina com suas altitudes.
lembrei sobre a necessidade de me lembrar todos os dias que não estou mais sozinha, estamos juntos na cidade segurando a mão do outro nessa solidão de mãos dadas que somos. lembro agora daquele rapaz maravilhoso que entorpece com sua presença, e que sempre estamos apaixonadas por ele. ele se chama amor, é o mais próximo que consegui chegar nesse momento para não defini-lo com precisão.

peguei um copo d’água pra ajudar no trible do sono e do tédio de tudo isso, eu acho que entendo e não entendo o próximo tempo, um atrás do outro. 

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