domingo, 26 de dezembro de 2010

Cru

Quero distancia do nada. Quero engoli-lo como menino, feito birra. Depois regurgitá-lo no asfalto duro na rua. Quem foi que disse que seria bom o sol de domingo? É de distanciamento que falo... de Brasília em mim... Eu, Brasília.  Concreta. Ás vezes assim tão distante... Um passo pra trás, porque será? Se meu cabelo perdeu a cor e a boca ressecou... Andam dizendo por ai que meu humor oscila. Nó na garganta, meu humor é inverno falso. Toda beleza se esconde lá longe, bem longe pra onde se espanta... Remexo o vazio... O que é isso? Liquidificador? Vomito? Deu merda. Pronto tá feito a bagunça. O que eu tenho feito não dá pra disfarçar. Não quero estar aqui. O que há de errado em ser tão errada assim? Outra merda.  Vou com a vergonha presa no rabo.

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