quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Foi dito: “Não julgueis, e não sereis julgados”. Foi dito: “Não julgueis, e não sereis julgados” pra justificar a falta de memória. Em outras palavras se matamos com uma espingarda o ser amado de alguém, a única maneira de não julgarmos o assassino é esquecer que ele existe. Esquecer pra sempre que existem as espingardas, os assassinos, as pessoas amadas. Não fazer de conta que esquecemos, mas sim esquecer de verdade. Criar em seu cérebro uma amnesia clínica.
“Não julgueis, e não sereis julgados”. Em outras palavras esqueçam seu julgamento. (...)
Porque não julgar em alguma língua antiga significa justamente esquecer, mas em qual língua eu não me lembro.

E não julgar também significa não olhar, mas em qual tradução, e em qual língua eu também não me lembro. (...)

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