sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Carta 1




Meu amado,
Por acaso vi uma certa carta, num certo casaco, pertencente a um certo homem, vinda de uma certa dama. Acho que deve ser a dama que te ronda pelas esquinas... que me deixou zangada e, para lhe dizer a verdade, enciumada.
Por que tenho que ser tão teimosa e obstinada, aponto de não compreender que os problemas com as saias, as modelos e as mulheres de passagens, são simplesmente piadas para você, e que, lá no fundo, você e eu nos amamos muito? Mesmo que vivenciamos aventuras intermináveis, rachaduras nas portas, a caso não estamos sempre sabendo que amamos um ao outro? Acho que o que está acontecendo é que sou meio estúpida e uma tola, porque todas essas coisas aconteceram e se repetiram nos sete anos que vivemos juntos. Toda essa raiva simplesmente me fez compreender melhor que eu o amo mais do que a minha própria pele, e que, embora você não me ame tanto assim, pelo menos me ama um pouquinho- não é? Se isto não for verdade, sempre terei a esperança de que possa ser, e isto me basta...
Ame-me um pouco.

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