sábado, 11 de setembro de 2010

Nubes de sal y de hastío

Eu simplesmente não sei o que fazer. Não sei onde lançar pedras. Parece que o mês de Agosto incrustou na minha pele. Ah, que preguiça “dus” infernos. Sai já daqui. Não tenho achado mais sentido pra coisas que faço. Talvez a solução seja não querer sempre achar um sentido pra tudo. Qual a graça? Não quero parecer dramática nem esquizofrênica, mas tô me cansando. Particularmente, de tudo, incluindo pessoas e suas complicações. Se existe uma coisa que me cansa são pessoas. Não que eu queira me livrar delas, mas conviver com elas é uma tarefa arriscada. Até das pessoas que amo tô me desanimando. O que eu penso na verdade é que perdi minha coragem ou ela está de férias em El salvador. Isso é triste eu sei.

Pode ser contraditório, mas necessito de um amor. Mesmo fugindo de pessoas eu quero ser amada por elas. Meu coração é duro como uma pedra. Quando é lançado com força na parede ele se espatifa e fica vulnerável. Quero que um desconhecido chegue em minha vida repentinamente e me desatine, desembarace meu coração, o faça pulsar. Não. Faça-o pular como pipoca quente. Isso deve ser ego. Agora pouco tinha dito que tava desanimando de humanos e em menos de dois minutos já quero um amor.

Minhas inquietações internas não são nadas lineares. Sou uma estrada cheia de curvas imperfeitas, sou uma estranha no mundo, sou um bicho do mato, sou sozinha querendo um amor de verdade, sou fotografia velha, sou um fusca amarelo, sou, sou... Sou uma crise por dia. São elas que me fazem melhor. Chega a ser engraçado necessitar de uma crise por dia pra poder refletir melhor sobre mim e o sobre o mundo. Que coisa doida, hein. Sou estranha também. Sempre achei isso e não me constranjo. Gosto da minha estranheza. Isso me faz diferente das outras pessoas. Não no sentido de melhor, não é isso. É porque acredito que não existe ninguém igual a mim ou qualquer outra pessoa por ai afora, se bem que isso não é mistério alguma pra ninguém. Ah, nem sei o que eu tava pensando quando comecei isso. Apenas segui o fluxo de pensamentos desconexos e deu no que deu. Palavras ao vento.

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