sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Os corpos se desnudam sob as árvores. 
Serpenteiam o dia.
São como cobras preparando o bote sobre nosso desejo. O nosso velho e monstruoso desejo camuflado.
É o monstro que ameaça a segurança debaixo da cama.
É uma urgência desmedida que desespera e que espera e que é esperança e que é desistência.
É estar de mãos dadas com a morte, mas é a morte vestida com sua roupa de vida de gala nos levando a uma grande festa.
É uma farsa, mas só você sabe da real situação, que é simplesmente deixar o desejo selvagem correr solto e devorar os corpos que se desnudam sob as árvores.

Roberto e Márcia

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