sexta-feira, 6 de julho de 2012

Não não não, sim sim sim sim, mas porém contudo todavia no entanto outrossim.



Retificando a proeminência:
A Lua estava cheia.
E quer saber?
Eu também.
E tudo e nada tem seu fim
Foi preciso ser assim
Tudo tem que ter um fim
Em doses homeopáticas
Ou em doses letais
E que saber?
O efeito complexou
Ainda mais o complexo
O invisível, o não-dito, o não-lugar
C’est La vie
Revelação, transmutação, nudez
Nudez é toque tátil de si
Sem compromisso, sem espera
Bastou no fim me cumprir
Renasci em mim
 “Toda eixosa
Cheia de L2”
Naquela noite
Sonhei três mil vezes
Dentro de muitos sonhos
Desejos
E quer saber?
A Lua naquela noite
Mostrou-se ínfima
E muito pouco generosa
Já dizia Ranieri
Inspirado em Leminski:
“Alguém tem que fazer alguma
Coisa com a Lua
Aquela coisa imensa, redonda
Aquela coisa branca enorme
Donde vem todo o frio
Que faz a madeira das casas estalarem,
Malassobradas
Então os cachorros latem mais”
Retificando a evidência:
Eu sou cachorra
Mas não sou burra
E apesar da obviedade
Repetitiva e monótona
Tudo é muito aparente
C’est La vie





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