terça-feira, 17 de julho de 2012

só ás vezes e quando muito quase sempre. eu diria eternamente a ela, mas não. passou. clareou um tantinho de vento em mim. um sopro daqueles que samba dentro e faz muito. uma sutil natureza que permeia a pele. brota beleza, leveza, sorrisos, sonhos, o além. eu diria que sereia é ela com o canto do mar. me conta um segredo? eu tenho vários escondidos lá no céu onde costumo me perder toda vez que danço um vento. eu diria que não, mas quem disse que não? sou apaixonada, sou transpassada, sou trespassada, tripartida, sou vento. quem disse que não? se havia lua não me lembro. mil estrelas despertadas abrocham agora. dor. prazer. fuga. medo. amor. sim. não. partida. chegada. alegria. abandono. palavras. tempo. dança. goiaba. vento. vida. morte. rima. ritmo. música. amarelo. samba. vermelho. azul. todas as cores que houver nessa vida. grito.... sou assim, sou nada. em minha pele os sentimentos faíscam rompendo outros mundos... meu deus o orvalho das flores tecelãs. frestas. eu diria: o cerrado acolhe. e quando muito eu diria a ela que a dança margeia o rio em queda. que jardim imenso a vida pode ser. tantas flores... tantos caminhos escuros... espalhados entre espinhos... que canteiro! eu diria a ela que meu umbigo mora na placenta verde de vários morros. 

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