quarta-feira, 19 de junho de 2013

"por um lindésimo de segundo"


eu não sou muito de sonhar
ou melhor dizendo, pois aprendi assim com o tempo, não sou
muito de lembrar de sonhos, aqueles primeiros do inicio da noite
me lembro dos últimos, aqueles de sustos despertos pela necessidade de acordar
o celular desperta e preciso acordar pra vida
mas esses dias de muita flor na pele
lembrei de um em especial, com muito detalhes, muitas camadas
que não sei precisar o significado, mas acredito que o corpo saiba
porque ele é dotado de inteligência que as palavras costumam não dar conta
mas era assim o sonho, era assim:
uma banheira grande, pois dentro havia três mulheres
duas do signo de terra e uma com ascendência na terra
parecia um banheiro, mas poderia ser qualquer lugar
eu estava nesse sonho, estava de calcinha
era apenas uma calcinha em mim, as outras duas mulheres
me lembro do corpo e da sensação dos seus rostos
era com amor que elas me fitavam
até eu mergulhar naquela água que nos cobria perto da cintura
e que aos poucos iria cobrir meus seios
olhei fundo nos olhos das deusas, respirei sonolentamente
e mergulhei para dentro, lugar nenhum
quando abri meus olhos, me vendo como observadora no
meu próprio sonho, me vi num mar azul escuro de estrelas
era um mar azul de estrelas que eu havia mergulhado
me lembro de me sentir tocada pelo mar de estrelas
de repente eu estava nadandovoando no abismo
eu mergulhei e me perdi no que não sei explicar
e quando a gente não sabe explicar
pode ser muitas coisas, entres elas o amor, o
próprio sonho, a dança, a vida, os sentires
e muitos outros improvisos que temperam a pele

e que afinam a vida num único fio que é um rio. 

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