segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Pão Doce

Hoje fugi do que fui. Hoje fugi de você, fugi do medo de deixar você. Não olhei para trás, eu podia desistir, mais não! Dessa vez não! Por mais que as lágrimas caíssem todo o peso de carregar você desapareceu. Não vou carregar mais aquele sentimento descaso de sua parte. Fugi pro mais longe que pude para não mais escutar seus pedidos de desculpas as suas promessas não cumpridas. Você não será mais um peso pra mim. Cheguei o mais longe que pude até encontrar apenas desconhecidos, tão próximos. Já não pertenço a ninguém eles também não me pertencem. Eu vim parar aqui, onde se parte, se chega e se espera... Estou aqui não sei a quanto tempo esperando algo acontecer, e com isso aprendendo a lidar com o nada... Me deu uma vontade louca de comer pão doce. Sabe aqueles pães doces coberto por cristais de açúcar bem grande como sal grosso? Exatamente um desses. - Você sabe onde posso comprar pão doce? Perguntei a todas as pessoas que estavam ali fazendo suas coisas particulares e corriqueiras. E por mais que eu procurasse por mais que eu perguntasse não conseguia encontrar nenhuma pista que pudesse me levar ao encontro de um pedaço de pão doce, qualquer seja, pão dormido, pão mordido, pão comido, pão duro, mas que seja pão doce. Por sorte encontrei um moço que esperava na estação e que por sinal era muito bonito, ele me disse: - Aqui não há estabelecimento onde se possa comprar pão doce, mas na próxima estação você vai encontrar e em cinco minutos o trem chega. Não sei ao certo quanto tempo fiquei ali esperando o barulho do trem chegar. Tanto tempo... Não sei se os cincos minutos passaram ou não, ou passaram-se dias. Eu não me canso. Perguntei inúmeras vezes ao moço demasiadamente bonito se os cincos minutos haviam passado. Talvez eu perguntasse tanto apenas por pretexto de observar mais um pouco sua beleza incalculável...-Os cincos minutos se passaram? Ele: - Só passaram apenas dois minutos. Então a única coisa que me resta à única coisa que me resta a fazer é esperar...

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