quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Da janela

Te procurei tanto, e me perdi tantas vezes no caminho. Tive medo quando menino. Naquele tempo, você era brincadeira de domingo. Disse que queria fugir de tudo, de todos; queria que ninguém mais visse, que ninguém mais olhasse para você. Deixe, então, que eu passeio no seu jardim, como antes? De noite. Preciso ver as estrelas. Preciso ver seus olhos de menina. Posso ir com você! Ainda agora, eu me lembrei das estrelas que existem ou existiram. Há muito tempo que não pensava nelas. Eram lindas, não eram? Se eu a visse agora, não me esqueceria nunca mais. A ausência já me dá náuseas, já me enjoa o estômago. Se você soubesse a saudade que eu sinto do seu rosto. Poderia ficar te olhando, até me fartar; e acho que não me fartaria nunca. Não posso viver mais sem você, não quero. Sem você que não vejo há muito tempo, que é tão desconhecida... as estrelas fugiram...

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