domingo, 15 de agosto de 2010

Olá, mês de agosto

Já é meia noite... metade de agosto... as cortinas se fecham... Minha pele seca... minha boca arde... meu coração sente. Agosto é um mês arriscado... Lá fora a seca trás ventos de poeira. Minha narina sangra. Meu peito range... grita silenciosamente seu nome... Já é meia noite de um dia qualquer de agosto e preciso partir de mim...

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Olá, doce menina, o mundo te espera além colinas... onde o mês de agosto é feito com gosto só pra você... flora ipês o ano todo. A barriga coça de alegria, a mãe chama com o chá verde da tarde de domingo. Olá, doce menina, seu namorado tem um verso com seu nome escrito no bolso. Ele grita seu doce nome na esquina...

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Já é meia noite... metade de agosto de um sábado qualquer. A Lua lá fora te espera com todo seu brilho e vigor...

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Olá, doce menina, a Lua pode ser traiçoeira se for preciso... Tão linda como um lindo ipê te enfeitiçou e depois partiu. Ela sabe partir um coração de papel como o seu...

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Já é meia noite de verdade. O frio aperta... a canção reverbera pelo quarto... triste canção de um novo domingo qualquer... Olá, doce menina, sou sua mente te dando alguém pra conversar... Olá, doce menina, ainda estou aqui tudo o que restou de ontem... Olá, eu sou a mentira vivendo por você... assim você pode se esconder... Não chore...

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Olá, agridoce menina, já é meia noite de agosto... se for preciso for lave as roupas. Pegue as malas e vai para Xangai. Troque a canção repetida e faça seu agosto mais doce...

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