quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

"Brasília é a paisagem da insônia."


ai, de mim. que me perdi nela. eu que sou tantas em mim, me perdi justo nela. por hora sou Brasília (in)Sônia, (in)Sol - ação num dia de domingo. hoje é o que tem, é o que quero ser. amanhã nem sei do por vir. nem quero saber agora. preciso dormir, ir... eu me visto dessa cidade todos os dias, e cada dia é um dia diferente. é um conto dançando por debaixo da minha roupa quente. Brasília grita alto quando quer me chamar atenção, e eu paro. por não saber dizer não, por não querer dizer não. essa cidade me mata em doses letais, em cantos carnais. ela me solidifica, viro pó. ás vezes quero partir daqui, das pessoas doentes de insolação. eu faço parte dessa parcela ensolarada. eu quero partir, mas não quero deixá-la. merda, eu não sei. eu quero deixá-la com uma mão na frente e outra atrás. eu quero que ela se foda e aprenda a não causar tanta solidão em mim. eu quero dizer isso, mesmo que isso doa em mim e a difame perante vocês. eu te amo, mas um dia terei que partir. 

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