segunda-feira, 10 de maio de 2010

Chegou a hora de partir

É. Não estou nada bem. Vou ter que me ausentar por uns meses. Dois. Não sei. É que a realidade bateu hoje lá em casa. Crua. Trouxe em sua mala a obrigação. Tanto pestanejei, roguei que não voltasse tão cedo. Quem sabe no próximo semestre. Talvez eu estivesse mais forte e organizada. Não sei. Vai saber... Não tem jeito. Vou ter que ir. Bem que uma sabia dama me disse: Vai chegar a hora do rompimento e você vai ter que ir. Eu deveria ter me preparado pra isso. No fundo sempre achei que não iria acontecer. Merda. É. Difícil deixar algo que se ama tanto. Mas também não devo ser tão egoísta. Ganhei tantas coisas boas esse início de semestre. Valeu muito à pena ter insistido em continuar. A vida é assim. Escolhas. E agora chegou mais um momento de fazer escolhas. Se vou acertar, não sei, mas o intuito é sempre acertar. Espero agora fazer a escolha certa. Ô fase complicada essa. Cheias de escolhas. Quer saber eu vou parar de sofrer e como diz Maira “tem tempo pra tudo nessa vida”. Tempo. Tempo. Tempo. Tempo. Tempo. Mas tudo bem...
“Estou desorganizada porque perdi o que não precisava? Nesta minha nova covardia – a covardia é o que de mais novo já me aconteceu, é a minha maior aventura, essa minha covardia é um campo tão amplo que só a grande coragem me leva a aceitá-la –, na minha nova covardia, que é como acordar de manhã na casa de um estrangeiro, não sei se terei coragem de simplesmente ir. É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me mesmo seja de novo a mentira que vivo.” Clarice Lispector

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