sexta-feira, 23 de abril de 2010

Posso até olhar pela janela e recitar "une petit chanson"

É. Eu vi um passarinho.
Bem rápido passei em sua frente. Corri de vergonha. Circulei ao redor pra saber a melhor ora de me aproximar. Mon coeur battait comme un tambour. Não conseguia difrenciar o certo e o errado. Foi então que dei por mim. Criei coragem e sentei perto do meu presente. Tão brilhante como um lindo avião. Fiquei estática. Faltaram-me palavras, respiração. Pensei que não fosse aguentar. Tão perto sua voz é mais doce do que mil gravações... Café na mesa coração na boca. Passarinho cantando seu canto. Quando ela olhava pra mim (ou que parecia) não sabia mais acompanhar seu ritmo era só desajeito. Eu que queria cantar mais alto que eu pudesse, mas estava presa por mil gravações pra eternizar nosso chá verde no inicio de tarde. Foram 6, 7, 8 canções mais positivas que mil divãs. Pena ela não ter levado seu piano. Ficou faltando “te valorizo”. Pra quê? O resultado foi tão doce como um “petit-four”. Passarinho me fez mais feliz me deu asas pra voar. De repente como um susto ela fala pra minha amiga que não parava de olhar pra ela porque suas blusas eram iguais (que inveja do aproximamento. É. Tive inveja)... Seus erros são lindos desde a música esquecida da letra trocada. Tem piadas? Tem sim senhor. “Je sais”... O saldo final de tudo isso foi mais positivo do que eu imaginava. Abraçei. Toquei o passarinho. Mas eu não queria ir embora, não podia ir embora. Como se nascesse ali um amor absoluto... Agora relembrando deparei com o cheirinho dela no meu braço. Fiquem tranquilos vou lavar meu braço. Guardarei a essência do seu perfume em mim... Desse dia até agora, não sei como, não pergunte, sou mais feliz.

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